Ontem (segunda-feira) pela manhã, cruzei rapidamente com a Marília Floor, em Pelotas; depois, já à tardinha, tomei um cafezinho com o Caboclo, no Centro, e, na volta para casa, encontrei com o Paulo César Dutra, meu vizinho ocasional na Barão de Santa Tecla.
Com a Marília não cheguei a conversar, mas, se o fizesse, falaríamos certamente sobre arte, sobre poesia; já o Caboclo me mostrou toda a sua inquietude, tantos projetos, tanta criatividade, tamanha é a doce loucura daquela criatura. Por fim, o Paulo César me perguntou quando é que teríamos uma reedição da “Rua da Bahia”, repetindo o encontro que fizemos o ano passado (postagem aqui no blog: marcadores - dezembro 2008 – Rua da Bahia), para avisar pra o seu irmão Gilnei, a nossa Almôndega famosa, que vive atualmente lá por Santa Catarina.
Fiquei pensando neles: a poeta, o multi-artista, o instrumentista; três expressões ligadas à arte, três pessoas de sensibilidade.
Fiquei pensando neles e fiquei triste, afinal eu os encontrei em Pelotas, eles estão em Pelotas, vivem por lá, e só voltarão para o Arroio Grande ocasionalmente, de tempos em tempos.
Como ocorria com outros artistas, em outras épocas, como nos tempos da Top Set (anos 1980), que lotava as dependências da esquina da Dr. Monteiro com a Dionísio de Magalhães, trazendo a presença de gente como Regina Bainy, Élson, do Cavaquinho, Kininho Dornelles (na foto, os três ‘passando o som’, ao lado do proprietário Eraldo) e do onipresente Basílio que estava em todos os encontros sem precisar aparecer neles.
Fiquei um pouco triste, e com saudade desses tempos, e com saudade da Top Set, e com saudade da Rua da Bahia, e com saudade dos artistas que não estão aqui e com saudade de tudo...
Com a Marília não cheguei a conversar, mas, se o fizesse, falaríamos certamente sobre arte, sobre poesia; já o Caboclo me mostrou toda a sua inquietude, tantos projetos, tanta criatividade, tamanha é a doce loucura daquela criatura. Por fim, o Paulo César me perguntou quando é que teríamos uma reedição da “Rua da Bahia”, repetindo o encontro que fizemos o ano passado (postagem aqui no blog: marcadores - dezembro 2008 – Rua da Bahia), para avisar pra o seu irmão Gilnei, a nossa Almôndega famosa, que vive atualmente lá por Santa Catarina.
Fiquei pensando neles: a poeta, o multi-artista, o instrumentista; três expressões ligadas à arte, três pessoas de sensibilidade.
Fiquei pensando neles e fiquei triste, afinal eu os encontrei em Pelotas, eles estão em Pelotas, vivem por lá, e só voltarão para o Arroio Grande ocasionalmente, de tempos em tempos.
Como ocorria com outros artistas, em outras épocas, como nos tempos da Top Set (anos 1980), que lotava as dependências da esquina da Dr. Monteiro com a Dionísio de Magalhães, trazendo a presença de gente como Regina Bainy, Élson, do Cavaquinho, Kininho Dornelles (na foto, os três ‘passando o som’, ao lado do proprietário Eraldo) e do onipresente Basílio que estava em todos os encontros sem precisar aparecer neles.
Fiquei um pouco triste, e com saudade desses tempos, e com saudade da Top Set, e com saudade da Rua da Bahia, e com saudade dos artistas que não estão aqui e com saudade de tudo...
3 comentários:
É doutor, são os tempos. Depois da sua criação, acredita-se ter ocorrido no "Big Bang", há cerca de 15 bilhões de anos, o tempo passou por diversas mudanças de significado ou estados. Vejamos. Estima-se que há 3 bilhões anos surgiu o RNA (ácido ribonucléico) e para sua permanência na linha do tempo, ele se transforma em DNA (ácido desoxirribonúcleico), com uma função explicita de autoduplicação, essencial para a continuidade da vida. Resguardando o que nós chamamos de “memória biológica”. Algo muito conhecido hoje nos seres primitivos como as bactérias. Com o decorrer nesta linha do tempo, outros seres ou espécies foram surgindo. Há apenas 500 mil anos surgiu o Homo sapiens e não mais de 200 mil anos surgiu à memória humana atual (otimista), acrescentando outra dimensão ou estado de tempo, a SAUDADE, que vem da memória declarativa (também chamada explícita). Ou analisando a memória quanto á duração do armazenamento das informações é classificado de memória de longo prazo. Saudade...que constroi o saudosismo. Muitos dizem que são eternos sentimentos que nascem com certa idade, doutor. Eu digo que a saudade nasce somente para quem vivenciou com intensidade a vida e soube dar um sentido a essa intensidade. Penso que você é uma dessas pessoas, doutor. Um forte abraço.
Agradeço pelas palavras, Solismar.
Eu realmente tenho saudade de tudo, porque, como dizes, procuro viver com intensidade, especialmente o que a arte e a cultura podem proporcionar.
Agora há pouco, estava, até tarde da noite, depois de um dia cansativo de trabalho, de processos, de atividades...
ao lado do Donga, da Verônica, do pessoal que vai se apresentar, colaborando no ensaio, na elaboração, na construção, enfim, da 1ª Conferência de Cultura que o Arroio Grande vai fazer em toda a sua história (post logo acima).
E, queres saber? Já estou - apenas duas horas depois - com saudade disso também.
Grande abraço.
As férias passadas entre Jaguarão e Arroio Grande me deu bagagem de histórias que teimam em voltar à memória e que gostaria de dividir com amigos e anônimos. Parava alguns dias na casa do "tio Pepito" no posto Texaco próximo ao rio que perfurava a linha férrea e que dava passagem "à vau" em via rodoviária para chegar em Jaguarão. Como os caminhos nos afastam de familiares e amigos, perdi o contato com a esposa do Tio Pepito (2º. grau) e os primos Joselda e Arturzinho. Lembro do odor forte de óleo queimado do "posto" e da água que observava sendo levada pelo "bocha" (carregador de água em balde de brim, sim o tecido, armado com dois aros em cima e embaixo, como ví os operadores - de hoje - da manutenção de fios elétricos e telefônicos para mala de ferramentas). Lembro de uma loja de armarinhos de outro parente do "tio", talvez a única da cidade, lá pela década 50 quando não passava eu dos 9 anos de idade, quando escrevi a primeira carta para a primeira namorada N.B.B. (jaguarense), filha do fotógrafo, com a qual troquei meu primeiro beijo no Cine Harmonia. ao assistir o filme brasileiro "Nem médico, nem monstro", mais por susto ao transformar um noutro. Hoje meus 66 anos de idade dão saudades daqueles tempos...
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