terça-feira, 31 de maio de 2011

A SUPREMACIA SACI

Acima: Inauguração do Estádio da Avenida - do ECAG - 1954.

Entre as décadas de 1940 e 50 a supremacia do Esporte Clube Arroio Grande no futebol local foi absoluta, sendo que o Clube Saci não encontrava rival a altura para enfrentamento na Cidade. Após inaugurar o seu "moderno" estádio, em 1954, o ECAG iria disputar a Liga Jaguarense de Futebol, bem mais qualificada, naquele mesmo ano, face a disparidade de forças com os rivais locais.

O Grêmio Esportivo Internacional, a seu turno, buscava de todas as formas forças para poder encarar o rival.

Nas fotos acima, atletas e "guris" Caturritas concentrados às vésperas de um Clássico, no final dos anos 50, na tentativa de surpreender o rival Saci.

Foto mais ao alto - Em cima: Oscar, Charuto, Turco e Vinícius; embaixo: Prego e Macksoud.

Foto de baixo - Em cima: Sidnei (Prego), Casinho e Charuto; embaixo: Sérgio Corrêa e Macksoud.

(O "Clássico" - Uma história de Paixão - pgs. 98 e 139).

domingo, 29 de maio de 2011

DOIS CRAQUES

"Gita, o 2° agachado, e Agapito, o 5°, já no Grêmio de Porto Alegre no final dos anos 40. É possível que tenham se enfrentado na grande goleada - 12 x 0 - que o Arroio Grande aplicou no Internacional, em março de 1947".

(O "Clássico" - Uma história de Paixão - pg. 122)

sexta-feira, 27 de maio de 2011

1947 - A MAIOR GOLEADA - ECAG 12 X 0 GEI

"Esta é a equipe do E. C. Arroio Grande de 1947, que aplicou a maior goleada na história dos Clássicos - 12 X 0 - exatamente na inauguração do Estádio do Grêmio Esportivo Internacional.
Em pé: Jonjoca e Silzo Freitas (dirigentes); Gilberto, Reni, Censinho, Ademar Hermes, Jesus Lúcio, Dilúvio e Flávio; Dirceu da Barraca e Antônio Hornes (dirigentes).

Agachados: Tri-Tri, José Duarte, Chiquinho, Otávio, Agapito, Edegar Passos, Paulo Luiz e Ari Lúcio

Gols - Paulo Luiz (4), José Duarte (3), Ari (2), Edegar Passos (1), Tri-Tri (1) e Otávio (1)"

(O "Clássico" - Uma história de Paixão, págs. 115-118).

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O 1° CLÁSSICO - 18/11/1945

Com a transformação do Veterano E. C. (fundação: 11/07/1943) em Grêmio Esportivo Internacional, através de uma Assembléia ocorrida em 27/10/1945, menos de um mês depois da troca de nome aconteceria o 1° Clássico, envolvendo as equipes do Esporte Clube Arroio Grande e do Grêmio Esportivo Internacional, como se pode ver do noticiário da época:

"Pelo Esporte

Domingo p. findo, realizou-se um encontro entre as equipes locais do Grêmio Esportivo Internacional e E. C. Arroio Grande. A vitória coube ao Arroio Grande, nos primeiros quadros, por 8 a 0, e nos segundos quadros por 5 a 0."

(Jornal "A Evolução" - Edição de 24 de novembro de 1945) - Pg. 71, Livro "O Clássico..."

O documento acima reproduz as anotações originais do 1° Clássico, retratando a escalação do ECAG e os gols anotados na partida.

Esporte Clube Arroio Grande - Censinho; Gilberto e Ademar; Agapito, Jesus e Reni; Issa, Chico, Otávio, José Duarte e Ari

Os gols foram marcados por José (3), Ari (3) e Chico (2).
"Já quanto a escalação do Internacional, infelizmente não se tem o time completo, mas sabe-se que jogaram os primeiros jogos do GEI, e, possivelmente, a partida de 'estreia' - o primeiro Clássico - contra o futuro maior rival, os seguintes jogadores:

João Feijó (ou Edevar Vasquéz); Cezalpino e Carlos Cascudo; Oscarino, Oclides e Ari Magalhães; Gelci, Osmar 'Canivete', Eldi Nuñez, João Pedro e Bordoni."

"O Clássico - Uma história de Paixão - pgs. 105-106).

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O GRÊMIO ESPORTIVO INTERNACIONAL (1946)

fotografia conhecida do Grêmio Esportivo Internacional (1946):

Em pé: Tte. Cordeiro (Técnico); João Pedro, Edvar Vasquez, Clarito, Ari Magalhães, Aristeu e Olegário;

Agachados: Issa, Gita, Beto Carriconde, Canivete e Adalberto.

sábado, 21 de maio de 2011

O VETERANO F. C. (ANTIGO NOME DO G. E. INTERNACIONAL)

O Grêmio Esportivo Internacional aparece, estatutariamente, como tendo sido fundado em 11/07/1943, época em que, na realidade, a agremiação existia com o nome de Veterano.

(A alteração de nome - de Veterano para Internacional - ocorreria apenas em 27/11/1945, através de uma Assembléia promovida pelo Clube verde, vermelho e branco, da Vila Vidal.

Antes, de 1943 até 1945, era o Veterano quem se defrontava com o E. C. Arroio Grande, sem , entretanto, conseguir fazer frente à forte equipe Saci, fundada em 1939.

A fotografia acima remete à certa confusão, pois, datada "à mão" como sendo de 1942, deixa dúvidas a esse respeito; entretanto, é bem possível que quem anotou a data (provavelmente alguns anos depois) tenha efetivamente se enganado, sendo a fotografia realmente de 1943, retratando o 1° encontro entre o E. C. Arroio Grande e o Veterano F. C., futuro Grêmio Esportivo Internacional.

São os seguintes os componentes da fotografia:

(José Maciel e Guiné Gonçalves - bandeirinhas);

E. C. Arroio Grande - Vanderlei Góz Ribeiro, Dilúvio, Diamantino Serpa, João Bandeira Lopes, Ari Balhego Lúcio, Reni Gonçalves, Clarito Figueiredo, Daniel Porciúncula Nuñez, Jesus Lúcio e o goleiro Censinho (encoberto na foto);

Veterano F. C. - Daciano Sá Ramos, Décio Ferreira, Carlos "Cascudo", Hugo Antunes, Orlando Cardoso (Borboleta), João Pedro Carriconde, Ary Ribeiro, Edgar Góz, Lauro Gomes Machado, Cesalpino Nobre e o goleiro Edevar Vasquez.

É provável que tal encontro se refira à partida de estréia da equipe do Veterano, quando foi batido por um time "misto" do Arroio Grande, pelo placar de 1 X 0, em 11 de julho de 1943 (Fonte: Jornal "A Evolução - Edição de 17 de julho de 1943).

(v. pgs. 79 a 84 do Livro O "Clássico" - Uma história de paixão - Ed. 2011).

quarta-feira, 18 de maio de 2011

E. C. ARROIO GRANDE - A 1ª FORMAÇÃO (1939/1940)

Fotografia da primeira formação do E. C. Arroio Grande conhecida, provavelmente de 1940.
Da esquerda para a direita:
Em pé: Papaco, Lauro Maciel, Cilinho, Bridone (ou, mais precisamente, Bordone), Pipi, Caetano e o dirigente Emílio Hissé (encoberto);
Agachados: Cesalpino, Dega, Jesus Lúcio e Gilberto;
Sentados: Censinho (Goleiro) e Clarito.


Entre os mais antigos, existe quem afirme que o jogo de estréia de Esporte Clube Arroio Grande teria ocorrido contra o Cruzeiro local, o que parece pouco provável, haja vista o desaparecimento do E. C. Cruzeiro exatamente no ano de nascimento do Clube Saci, isto é em 1939. Mais ainda, dos fundadores do Arroio Grande sempre se ouviu falar que o clube azul e encarnado surgiu exatamente para substituir o Cruzeiro, e, portanto, um não poderia ter jogado contra o outro.
De qualquer forma, não existe confirmação oficial da primeira partida disputada pelo E. C. Arroio Grande, sendo que o 1º confronto conhecido dos Sacis data do início de 1940, tendo sido jogado contra o Concórdia, da Vila Cerrito, no mês de fevereiro daquele ano.
Em seguida, o Arroio Grande passaria a medir forças com a totalidade dos times locais, inclusive o Veterano, nome original do Grêmio Esportivo Internacional, surgido, muito provavelmente, no ano de 1943, assim como contra as equipes da Vila Olimpo[1], do Cerrito e de Jaguarão, como o Mauá e o Cruzeiro.
Naquela época, primeira metade do Século XX, era comum a existência de diversos times de futebol na cidade, tratando-se, muitas vezes, de verdadeiros aglomerados de jogadores que se reuniam para disputar partidas nos finais de semana, sem que, entretanto, as agremiações possuíssem a condição de Clube, que o Arroio Grande veio a buscar em 1939.
Na pequenina cidade (menos de 3 mil habitantes na zona urbana à época), os encontros entre grupos distintos de desportistas se sucediam, e os desafios eram marcados no Café central, bastando a provocação de um grupo para que o desafiado escolhesse a hora e o local para o embate que se seguiria. Neste quadro, surgiria em 1939 o Esporte Clube Arroio Grande, que, naturalmente já dotado de certa grandeza (em função da condição social dos seus fundadores), viria a exercer enorme influência no cenário futebolístico da época.
Organizado, o clube viria a promover uma verdadeira transformação no futebol local, passando, desde logo, a contar nos seus quadros com os melhores atletas da cidade.
[1] - Vila Olimpo, antigo Distrito de Arroio Grande, atual Município de Pedro Osório. A emancipação do novo município deu-se em 03 de Abril de 1959.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

AS ORIGENS DO FUTEBOL DE ARROIO GRANDE (TRECHO)

As primeiras notícias sobre o futebol[1] em Arroio Grande datam da década de 1910, sendo as equipes do Arroio Grande Football Club, do Sport Club 13 de Maio e do Grêmio Sportivo Evolução referidas como os mais antigos times de futebol da cidade, com as suas fundações remontando ao ano de 1914, aproximadamente.
O Sport Club Cruzeiro, tido como existente desde essa mesma época, somente em 13 de junho de 1920 viria a empossar formalmente a sua 1ª Diretoria, que ficou assim constituída, conforme veiculado pela imprensa[2] local:
Presidente: Mansuetto Chiachio
Vice-Presidente: Estevão Siedler
Secretários: Adalberto Siedler e Armínio Ribeiro
Tesoureiro: João F. de Souza Lima
Orador: Leonel Fagundes
Capitão Geral e Diretor: Dario Bretanha
Guarda Sport: Edio Figueiredo
Fiscal de campo: Hugo Silva

(Jornal “O Município” - Edição de Junho de 1920)

[1] - O futebol foi introduzido no Brasil por Charles Miller, um descendente de ingleses, no ano de 1895. Os primeiros Clubes de Futebol do país foram criados em 1900: o Rio Grande, em 19 de julho, e a Ponte Preta, em 11 de agosto. Antes, existiam Clubes Esportivos (São Paulo Athletic Club, 1888), de Regatas (Flamengo, 1895), de Cricket (Victória, 1899) e outros, mas não haviam associações voltadas exclusivamente para o futebol.
[2] - Os principais jornais que circularam em Arroio Grande no período, além do pioneiro O Pampeiro (1896-1903), foram: O Progressista (1908-1910); A Imprensa (1913-1916); Folha do Sul (1916-1926); O Município (1919-1921); Mauá (1923-1924); A Razão (1926-1927), entre outros.

Esta é, provavelmente, a primeira fotografia de um time de futebol de Arroio Grande e já começa suscitando dúvidas.
Para alguns, trata-se do Esporte Clube Cruzeiro, Campeão de 1915; já outros utilizam como referência para o time da foto o Arroio Grande Football Club, tido como “Campeão de 1916” (v. Jornal “A Evolução” - Edição de 15 de Junho de 1990), não obstante a clara inscrição na bola (1915). A dúvida remanesce na medida em que as primeiras notícias sobre futebol da cidade dão conta de que realmente o Arroio Grande Football Club já existia nessa ocasião; o Cruzeiro teria surgido um pouco depois.
De qualquer forma, na fotografia aparecem os seguintes jogadores:
(Em cima) Mário Lima Cornálio, Hermes Conceição, Antônio Quadrado; (No centro) Laudelino Machado de Lemos, João de Deus Mendes, Corálio Carlos Ferreira; (Sentados) Abílio Medeiros, Simão Saiz Machado, Arlindo Ghan, Aimone Carriconde[3]e João F. Souza Lima.

[3] - Aimone Carriconde (o penúltimo sentado), tinha 15 anos de idade por ocasião da foto. Inteligente e culto, foi advogado, redator de jornal, professor e político, ocupando o cargo de Prefeito Municipal em duas ocasiões – 1929/1932 e 1952/1955. Após a sua morte, em 1976, legou o nome para o Ginásio Estadual - atual Instituto de Educação Aimone Soares Carriconde.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

DO PREFÁCIO (TRECHO)

"...Pois tenho pensado e repensado tudo isto diante de um livro de futebol, um livro sobre futebol, um livro sobre história do futebol. Um livro sobre o futebol de Arroio Grande, um livro sobre a história do futebol de Arroio Grande e, mais precisamente, sobre a história de Internacional x Arroio Grande, clássico futebolístico dessa pequena cidade sul-rio-grandense (que foi berço de Irineu Evangelista de Souza, o legendário Barão de Mauá).
Pedro Jaime Bittencourt Junior – um torcedor de futebol como eu – é o autor deste resgate da história do futebol arroio-grandense. Ele é um apaixonado pelo esporte e pela história desse esporte; é um pesquisador nato e um excelente escritor; dedicou-se a recuperar documentalmente e através de testemunhos os fatos relevantes que contribuíram para o desenvolvimento do futebol na cidade, com a fundação dos clubes e o surgimento da rivalidade. E nos oferece aqui um livro completo, sério, documentado, comprovando e salientando antes de tudo o verdadeiro significado do futebol amador, mesmo que o profissionalismo tenha, de passagem, oferecido um sopro de ilusão aos torcedores locais.

O livro é ilustrado, como deve ser um livro sobre futebol, em que a memória dos nossos craques precisa estar concretizada nas suas imagens inolvidáveis. Mas, mais do que isso, é um livro em que história de cada clássico jogado ou de cada fato revelado está reafirmada pelo testemunho de alguém que “estava lá”. É um livro em que a história de cada um dos craques maiores que Arroio Grande produziu está contada com a paixão e a reverência que os torcedores arroio-grandenses lhes dedicaram.

(...)
Enfim, o leitor tem em mãos mais que um livro sobre a história do futebol em Arroio Grande, um livro de reflexão sobre o futebol e sua história, sobre o amadorismo e seu verdadeiro significado – e sobre o significado e a relevância renovadora e reveladora dos pequenos clubes do interior. Por isso que repito: apesar das misérias e contradições do profissionalismo, nem tudo está perdido, pois nos campos de futebol, assim como nas páginas dos livros, ainda temos a oportunidade de todos os encontros e reencontros possíveis e impossíveis com tardes gloriosas, jogos memoráveis, craques inesquecíveis, num clima de emoção e encantamento que só os golos e as palavras são capazes de oferecer."
ALDYR GARCIA SCHLEE
Verão de 2011

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O LANÇAMENTO

O lançamento do livro O "Clássico" - Uma história de paixão, aconteceu dentro das festividades de encerramento da Semana do Município (Arroio Grande comemora o seu aniversário em 24 de março - neste 2011 são 138 anos...), num evento programado pela Secretaria de Cultura que contou com a participação de membros da administração municipal, representantes dos dois grandes clubes da cidade (Esporte Clube Arroio Grande e Grêmio Esportivo Internacional), imprensa, desportistas, leitores e público em geral, sendo que os interessados adquiriram os 100 primeiros exemplares da obra, devidamente autografados pelo Autor.

Na sequência, fotos do jantar do lançamento do livro, ocorrido no Clube Caixeiral de Arroio Grande - março de 2011.
A Secretária Madelaine, o Prefeito Jorge Cardozo e a Vice-Prefeita Mariela.

O Presidente do E. C. Arroio Grande - Cláudio Ávila.

O Presidente do G. E. Internacional - Ronaldo Costa.

A Secretária de Administração Flávia Conceição e a mulher Verônica.

O "mano" Kiko Coelho e o sobrinho Henrique.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

NOVO LIVRO

Depois de mais de um ano sem movimentação, o blog volta a ser acionado para anunciar o novo livro do Autor - O "Clássico" - Uma História de Paixão - que conta a trajetória do Esporte Clube Arroio Grande e do Grêmio Esportivo Internacional, Sacis e Caturritas, tradicionais clubes da "Terra de Mauá" - da fundação dos mesmos até os dias atuais.

Contendo cerca de 400 páginas e mais de 100 fotografias, o livro* - que tem prefácio do consagrado escritor Aldyr Schlee - é uma publicação da Secretaria de Cultura, dentro de um projeto de resgate da memória histórica do município de Arroio Grande.

A pedido do autor, a Secretaria Municipal de Cultura, detentora dos direitos do livro, cedeu cerca de 50% dos 500 exemplares editados para comercialização pelas próprias entidades esportivas - E. C. Arroio Grande e G. E. Internacional -, sendo que tais exemplares se encontram esgotados neste momento, segundo informações das direções dos dois Clubes.

De qualquer forma, os interessados em adquirir o "O Clássico" deverão procurar a obra junto ao ECAG e ao GEI (é possível que os Clubes recebam mais livros para venda), ou diretamente na Sec. de Cultura do Município, pois o autor não possui exemplares para comercialização, havendo cedido todos os direitos neste sentido.

Na medida do possível, esta página deverá publicar fotos e trechos do livro, especialmente para os leitores distantes que se interessarem em conhecer um pouco da obra.

*Participaram como "colaboradores" do Autor - especialmente na coleta de documentos e de fotografias junto às direções dos dois Clubes -, o conhecido 'Caturrita' Sílvio (Silvinho) Ferreira, e o popular 'Saci' Neffton (Papaco) Góz, sendo que, para tristeza de todos, Papaquinho veio a falecer no final de 2010, pouco tempo antes da conclusão do livro.