segunda-feira, 9 de maio de 2011

DO PREFÁCIO (TRECHO)

"...Pois tenho pensado e repensado tudo isto diante de um livro de futebol, um livro sobre futebol, um livro sobre história do futebol. Um livro sobre o futebol de Arroio Grande, um livro sobre a história do futebol de Arroio Grande e, mais precisamente, sobre a história de Internacional x Arroio Grande, clássico futebolístico dessa pequena cidade sul-rio-grandense (que foi berço de Irineu Evangelista de Souza, o legendário Barão de Mauá).
Pedro Jaime Bittencourt Junior – um torcedor de futebol como eu – é o autor deste resgate da história do futebol arroio-grandense. Ele é um apaixonado pelo esporte e pela história desse esporte; é um pesquisador nato e um excelente escritor; dedicou-se a recuperar documentalmente e através de testemunhos os fatos relevantes que contribuíram para o desenvolvimento do futebol na cidade, com a fundação dos clubes e o surgimento da rivalidade. E nos oferece aqui um livro completo, sério, documentado, comprovando e salientando antes de tudo o verdadeiro significado do futebol amador, mesmo que o profissionalismo tenha, de passagem, oferecido um sopro de ilusão aos torcedores locais.

O livro é ilustrado, como deve ser um livro sobre futebol, em que a memória dos nossos craques precisa estar concretizada nas suas imagens inolvidáveis. Mas, mais do que isso, é um livro em que história de cada clássico jogado ou de cada fato revelado está reafirmada pelo testemunho de alguém que “estava lá”. É um livro em que a história de cada um dos craques maiores que Arroio Grande produziu está contada com a paixão e a reverência que os torcedores arroio-grandenses lhes dedicaram.

(...)
Enfim, o leitor tem em mãos mais que um livro sobre a história do futebol em Arroio Grande, um livro de reflexão sobre o futebol e sua história, sobre o amadorismo e seu verdadeiro significado – e sobre o significado e a relevância renovadora e reveladora dos pequenos clubes do interior. Por isso que repito: apesar das misérias e contradições do profissionalismo, nem tudo está perdido, pois nos campos de futebol, assim como nas páginas dos livros, ainda temos a oportunidade de todos os encontros e reencontros possíveis e impossíveis com tardes gloriosas, jogos memoráveis, craques inesquecíveis, num clima de emoção e encantamento que só os golos e as palavras são capazes de oferecer."
ALDYR GARCIA SCHLEE
Verão de 2011

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