domingo, 20 de setembro de 2009

CISMANDO

A imagem aí de cima tem quase cem anos; o personagem faleceu num 21 de setembro, há 88 anos.
Trata-se de um poeta da região, autor dos versos abaixo (poema Cismando) e de diversos outros poemas, e que virou nome de Rua, aqui no Arroio Grande.
Quem é ele? Amanhã - dia 21 - "As ruas da minha cidade", aqui na página.
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Se tudo em pó desfaz o tempo sobre a terra,
E sobre a terra é tudo um mero desengano,
Por que nos corações floresce tanto dano?
Por que tanta vaidade existe e tanta guerra?

Por quê? se lá do cimo altíssimo da serra
Desponta a árvore altiva, e cresce ano a ano,
Resistindo altaneira ao sopro do minuano,
E à inclemência que o inverno em sua fúria encerra?

Homem que a tua vida esgotas, dia a dia,
Na prática do mal, na eterna hipocrisia,
Se já não crês no amor a Deus, eleva a prece;

Repara como é suave a placidez do ninho!
Repara como a fera aos filhos dá carinho,
E a pedra, sendo pedra, a planta que ali cresce.

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