domingo, 30 de agosto de 2009

MÁXIMO PEREIRA (O personagem)

Máximo Pereira (ou Máximo Pereira Machado) nasceu em Arroio Grande em 13/02/1809, tendo casado, no Chasqueiro, em 23/02/1835, com Maria Clementina de Souza, prima de Mauá. (Maria Clementina era filha de Eleutério Souza, que era filho de Manoel Jerônimo de Souza, um dos fundadores de Arroio Grande e pai de João Evangelista Souza, este pai do Mauá).
Já Máximo era filho de Nicolau Pereira e de Francisca Soares Louzada; ela, que teria morrido com mais de 110 anos, era filha do Capitão Francisco Soares Louzada, um dos maiores sesmeiros do Estado, e tendo Máximo Pereira, mais tarde, herdado parte das terras da família, possibilitou, através da cedência dessas terras (a maior parte por venda), a expansão do núcleo urbano do Arroio Grande, tanto para o leste como para o norte, em direção ao antigo cemitério (atual Pracinha de Esportes, em frente ao Centro de Cultura).
Máximo Pereira teve ao menos cinco filhos - três falecidos quando crianças (Clementino, Florisbelo e Constância, todos, provavelmente, de uma mesma epidemia), e, ainda, Maria Joaquina Pereira, casada com Menandro Rodrigues Fontes (o “Dr” Mennadro, “vizinho”, como nome de Rua, em determinada época do próprio Máximo Pereira, afinal o primeiro dava nome à atual Rua Herculano de Freitas, e o segundo a atual Rua Dr. Dionísio de Magalhães...), e, por fim, Olivério, que, depois, passou a usar o nome de Olivério Pereira Bretanha (nascido em 1845, em Arroio Grande), que foi o primeiro a usar esse nome, sendo que dele descendem os Bretanha, de AG e Jaguarão, tendo sido Olivério Presidente da Câmara de Vereadores de Arroio Grande, no período 1887/1889 (o que correspondia à administraçao da Vila à época, já que os Intendentes surgiriam apenas a partir de 1892/1893), tornando-se também nome de rua na cidade (ver box acima).
É possível, ainda, que Máximo Pereira tenha tido outros filhos.
Segundo informações, desses Pereira Machado descendem o “Seu” Lauro Machado e demais familiares do Dr. Paulo Machado Carriconde.
Como curiosidade, Máximo Pereira foi dono de inúmeros escravos, a quem concedeu a liberdade deixando registrado que assim o fazia, como consta na Carta em favor do escravo Leonel, para ser cumprida - “depois da minha morte, em louvor de minha alma, em recompensa dos seus serviços em ajudar a ganhar o que deixo para os meus herdeiros e sofrer impertinências, sofrendo como bom escravo”. As Cartas foram registradas no 1° Tabelionato do Município de Jaguarão, em sua maioria no ano de 1887, cerca de um ano após a morte de Máximo Pereira.

2 comentários:

Dolores Ñandú disse...

E a rua Olivério Pereira Bretanha, onde cresci,e onde meu pai mora até hoje, também é conhecida como "o Beco das Mariposas"...
Abraço!

Pedro Jaime Bittencourt Junior disse...

Tenho um amigo que mudou, em Pelotas, da Rua Almirante Barroso para a Rua Pablo Neruda (fica lá no Las Acácias...), ele não só mudou de lugar como mudou de vida; uma vez, no Chile, troquei do Hotel onde estava - que nem lembro como se chamava... - para o Hostal "Siesta de Los Poetas", dormi e (principalmente) sonhei muito melhor; agora, recebo a notícia de que a minha poeta preferida lembra da Rua Olivério Bretanha como "O Beco das Mariposas", o que não foi referido no texto.
A rua, e o beco, ficam, assim, bem mais bonitos, naturalmente.
Abraço.