terça-feira, 25 de agosto de 2009

AS RUAS DA MINHA CIDADE (Já publicadas)

Já foram postadas até o momento dez publicações sob o tema “As Ruas da Minha Cidade”. Por inadvertência do autor, a Rua Gumercindo Saraiva foi referida duas vezes, conforme se pode observar da relação abaixo.

Em ordem decrescente, com as respectivas datas da publicação, aparecem as ruas:

X – Gumercindo Saraiva (11/agosto/2009)
IX – Av. N. Sra. das Graças (07/julho/2009)
VIII – Andrade Neves (26/maio/2009)
VII - Dr. Monteiro (05/novembro/2008)
VI – Dr. Dionísio de Magalhães (09/setembro/2008)
V – Basílio Conceição (06/agosto/2008)
IV – Mário Maciel Costa (30/julho/2008)
III – Gumercindo Saraiva (22/julho/2008)
II – Herculano de Freitas (14/julho/2008)
I – Avenida Visconde de Mauá (08/julho/2008)

Na sequência, a publicação de mais cinco ruas:
Máximo Pereira (27 de agosto)
Leonel Fagundes (21 de setembro)
Souza Gusmão (Outubro/2009)
Salvador Soares (Novembro)
Av. Maria Pereira das Neves (Dezembro/2009).

2 comentários:

Solismar Venzke Filho disse...

Gumercindo Saraiva. Nessa rua dei os primeiros passos. Atravessei-la sem olhar para os lados. Primeiro sem a percepção devida, depois com o ímpeto característico de adolescente. Andava nela de monareta. O percurso era dos eucaliptos (no alto) até quase a beira do arroio (no baixo). Nesse sobe e desce em chão batido, comendo muita poeira nos dias de seca e muita lama nos dias de chuva, eu fui aperfeiçoando minhas habitares futebolísticas nos campinhos ao longo desta rua. Nos dias de chuvas fortes, após o termino gostava muito de brincar de largar barquinho feito de latinha de atum nas suas sarjetas que se prolongavam por três ou quatro quadradas até cair numa boca de lobo que dobrava a rua em direção ao estádio dos eucaliptos. A competição era traumática e difícil. Havia muitos canos localizados na frente de algumas casas e muitos obstáculos imprevisíveis na frente do meu barquinho. O percurso mais dificil era na frente da pensão da "tia" Rosa. Naquela época a Maribel era menina moça de pernas linda, com muitos clientes. O encalhamento era inevitável e lá ficava meu querido barco de competição até surgir mais chuvas para formar correntezas nas sarjetas mais fortes para trazer ele de volta ao sonho de chegar ao destino final. O tempo foi passando, a monareta ficou na lembrança e foi substituído pelo corcel II colorado da minha mãe. Assim, surgiu um novo meio de locomoção para subir e desce a rua Gumercindo Saraiva com maior rapidez. Ao mesmo tempo a percepção da sua transformação foi sendo esquecida pela velocidade que o corcel II trafegava. Exceto nos dias após as chuvas de inverno com sua inevitável formação de buracos. Ficamos esperando os dias ensolarados chegar e a ordem do secretário de obras do município para a patrola da prefeitura “plainar” a minha querida rua, tornando - se assim mais útil a vida moderna. Até eu sei boa parte dela ainda permanece ainda de chão batido, igual que eu deixei - lá há quatorze anos. Ficou fortemente esse sentimento de saudade e a marca de “minha rua” no meu coração, eternamente. Solismar Venzke Filho.

Pedro Jaime Bittencourt Junior disse...

Solismar.
Parabéns pelo teu comentário - uma verdadeira crônica da Rua Gumercindo Saraiva, um símbolo da tua vida, assim como o caudilho Gumercindo foi também um símbolo deste Rio Grande.
É incrível ver como os arroiograndenses que estão longe daqui - como é o teu caso - valorizam as coisas da terra, os nossos lugares, as nossas ruas, a nossa gente...
Valeu pelo texto e pelo depoimento.
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