Namoro, paixão, expectativa, encontro, amor, poesia.
Dia dos Namorados rima naturalmente com poesia.
De hoje até quinta-feira, três poemas que dizem melhor sobre as sensações dos apaixonados.
Começando pelo clássico "Soneto de Fidelidade" de Vinícius de Moraes; para quem nunca leu (haverá?) e para quem até já sabe de cor. A simplicidade poético-musical de Vinícius merece ser revisitada, sempre.
Soneto de Fidelidade (Vinícius de Moraes)
- De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
- Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar, ou seu contentamento
- E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
- Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
(Vinicius de Moraes, "Antologia Poética", Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1960, pág. 96.)
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