É comum ocorrer uma enorme confusão entre o que é arte, o que é cultura e o que são eventos artísticos ou culturais, isso que a gente encontra com maior freqüência por aqui.
Existe um filme, cujo começo é baseado numa proposta de um diretor francês que, ao final dos anos 1960, costumava passar filmes na Cinemateca de Paris todos os dias, em todos os horários, independente do gênero, sob o argumento de que: “não tem filme bom ou filme ruim, o que tem é filme!”. Não por acaso, o local vivia cheio de gente, fazendo enorme sucesso.
O filme trata, na verdade, da iniciação sexual de três jovens, mas acaba reproduzindo, por via oblíqua, a combinação dos três elementos: a arte (cinema), a cultura (o “movimento” em torno dos valores expressados pelo cinema) e o evento (o acontecimento: a transmissão dos filmes).
Guardadas evidentemente todas as proporções, aqui em Arroio Grande também estão presentes esses três componentes e é necessário fazer alguma coisa para aproximá-los.
O Caboclo, por exemplo, faz arte. Arte que está no violão do Sidney, do Julinho do Tuíca, na gaita do Jélson; na voz da Marcela, do Sandro Campello; na poesia da Marília, no texto do Arnóbio. Arte que está também nas mãos de quem tece, no desenho de quem desenha, na dança de quem dança...
A dança, aliás, esteve muito presente na cidade neste final de semana, com a Mostra organizada pela Verônica e pela Letícia, da Academia Camerini, que trouxa até o Arroio Grande um pessoal show do street dance – o Gugu e a Tahuana, do Grupo Art Urbana, o Cahuã, do Trem do Sul, ambos de Pelotas -; além do jazz, da Larissa, da Escola Alfredo Simon, entre diversos gêneros de dança, apresentados por inúmeros bailarinos da cidade e da região.
A arte anda por todos os lados e não é preciso muito para se deparar com ela.
Já a Cultura - que é a incorporação pela cidade desses movimentos todos, que é o convívio com essas manifestações -, passou a ter, desde a posse do Donga como Secretário, a oportunidade de aproveitar melhor o complexo dessas potencialidades, sejam elas locais ou regionais.
Por fim, os eventos (muitas vezes confundidos com a própria arte ou com a cultura) que são outra coisa – shows, jogos, mateadas, espetáculos... – e que tanto podem irradiar cultura, como não, tanto podem primar pela qualidade, como nem tanto, e por aí vai...
Pois o Arroio Grande precisa aproveitar bem esse momento da sua história – nunca tivemos tantos artistas, nunca tivemos a oportunidade de fazer um calendário cultural, nunca antes tivemos uma Secretaria para aglutinar os movimentos... – para acertar as distâncias e as diferenças entre todos os atores desse processo, firmando uma atitude cultural de maior conteúdo, algo menos vazio do que foi até agora.
Não é fácil, ao contrário, tudo aqui é bastante difícil. Mas, que diabos, o nome do filme de que falo lá no começo é “Os Sonhadores”, e, por alguma razão, a gente ainda precisa continuar sonhando. E permanecer ao lado de quem acredita na arte e na cultura, sempre!
Existe um filme, cujo começo é baseado numa proposta de um diretor francês que, ao final dos anos 1960, costumava passar filmes na Cinemateca de Paris todos os dias, em todos os horários, independente do gênero, sob o argumento de que: “não tem filme bom ou filme ruim, o que tem é filme!”. Não por acaso, o local vivia cheio de gente, fazendo enorme sucesso.
O filme trata, na verdade, da iniciação sexual de três jovens, mas acaba reproduzindo, por via oblíqua, a combinação dos três elementos: a arte (cinema), a cultura (o “movimento” em torno dos valores expressados pelo cinema) e o evento (o acontecimento: a transmissão dos filmes).
Guardadas evidentemente todas as proporções, aqui em Arroio Grande também estão presentes esses três componentes e é necessário fazer alguma coisa para aproximá-los.
O Caboclo, por exemplo, faz arte. Arte que está no violão do Sidney, do Julinho do Tuíca, na gaita do Jélson; na voz da Marcela, do Sandro Campello; na poesia da Marília, no texto do Arnóbio. Arte que está também nas mãos de quem tece, no desenho de quem desenha, na dança de quem dança...
A dança, aliás, esteve muito presente na cidade neste final de semana, com a Mostra organizada pela Verônica e pela Letícia, da Academia Camerini, que trouxa até o Arroio Grande um pessoal show do street dance – o Gugu e a Tahuana, do Grupo Art Urbana, o Cahuã, do Trem do Sul, ambos de Pelotas -; além do jazz, da Larissa, da Escola Alfredo Simon, entre diversos gêneros de dança, apresentados por inúmeros bailarinos da cidade e da região.
A arte anda por todos os lados e não é preciso muito para se deparar com ela.
Já a Cultura - que é a incorporação pela cidade desses movimentos todos, que é o convívio com essas manifestações -, passou a ter, desde a posse do Donga como Secretário, a oportunidade de aproveitar melhor o complexo dessas potencialidades, sejam elas locais ou regionais.
Por fim, os eventos (muitas vezes confundidos com a própria arte ou com a cultura) que são outra coisa – shows, jogos, mateadas, espetáculos... – e que tanto podem irradiar cultura, como não, tanto podem primar pela qualidade, como nem tanto, e por aí vai...
Pois o Arroio Grande precisa aproveitar bem esse momento da sua história – nunca tivemos tantos artistas, nunca tivemos a oportunidade de fazer um calendário cultural, nunca antes tivemos uma Secretaria para aglutinar os movimentos... – para acertar as distâncias e as diferenças entre todos os atores desse processo, firmando uma atitude cultural de maior conteúdo, algo menos vazio do que foi até agora.
Não é fácil, ao contrário, tudo aqui é bastante difícil. Mas, que diabos, o nome do filme de que falo lá no começo é “Os Sonhadores”, e, por alguma razão, a gente ainda precisa continuar sonhando. E permanecer ao lado de quem acredita na arte e na cultura, sempre!