"Na mesa do Vilariño surgiu a nossa classificação dos bêbedos: sociais, são os colunáveis que saem nas fotos de jornais e revistas com o copo na mão; barulhentos, aqueles que se reúnem em grandes mesas e discutem sobre todos os assuntos; e, finalmente, o mais solitário e anônimo de todos: o bêbedo de estribo. Este entra em qualquer botequim, vai direto ao balcão, ordena uma pura com o trocado no ato da entrega, joga uns pingos pro santo, sorve a brasa e sai. No seu roteiro pode entrar uma infinidade de bares e botecos, mas a sua cara cheia só é vista pela mulher, quando ele chega em casa, depois de descer do último estribo..."
Pelo Vilariño circularam, com assiduidade, além dos citados Vinícius e Tom e de Fernando Lobo, também Paulo Mendes Campos, Antonio Maria, Dolores Duran, Aracy de Almeida, Elizete Cardoso, Lúcio Rangel, Mário Reis, Sérgio Porto; também Ari Barroso, Di Cavalcanti, Otto Lara Resende, e, mais raramente, Carlos Drummond de Andrade. No Vilariño estiveram, juntos, os poetas Pablo Neruda e Manuel Bandeira. O Bar permanece ainda hoje em atividade.
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