Num canto, sobre a calçada,
Chama a atenção a Senhora;
Vê-se tão desesperada
Que em plena rua chora.
Será uma esposa traída,
Chorando às mágoas sozinha?
No desespero, aturdida,
Nem vê por onde caminha.
Pediu divórcio o marido?
Coitada! Estará doente?
Acaso terá perdido
Algum amigo ou parente?
Foi despedida e tem fome?
Não enxerga mais direito?
Que mal secreto a consome
Que a faz chorar desse jeito?
De onde vem à aflição,
Tamanha dor que a devora?
Que estranha, oculta razão,
Martiriza essa Senhora...?
Eis que chega uma Doutora.
Que a examina, verifica;
E para o geral espanto,
Pacientemente ela explica:
- Descobri a razão do pranto,
Está resolvido o mistério
Nada tem de extraordinário
Embora seja bem sério:
É uma velha Professora
Recebendo o seu salário!
Escrito pelo Velho Pedro Bittencourt há mais de uma década.
Chama a atenção a Senhora;
Vê-se tão desesperada
Que em plena rua chora.
Será uma esposa traída,
Chorando às mágoas sozinha?
No desespero, aturdida,
Nem vê por onde caminha.
Pediu divórcio o marido?
Coitada! Estará doente?
Acaso terá perdido
Algum amigo ou parente?
Foi despedida e tem fome?
Não enxerga mais direito?
Que mal secreto a consome
Que a faz chorar desse jeito?
De onde vem à aflição,
Tamanha dor que a devora?
Que estranha, oculta razão,
Martiriza essa Senhora...?
Eis que chega uma Doutora.
Que a examina, verifica;
E para o geral espanto,
Pacientemente ela explica:
- Descobri a razão do pranto,
Está resolvido o mistério
Nada tem de extraordinário
Embora seja bem sério:
É uma velha Professora
Recebendo o seu salário!
Escrito pelo Velho Pedro Bittencourt há mais de uma década.
Já foi publicado aqui na página, mas hoje, quando se comemora mais um ‘Dia do Professor’, permanece atual... e doloroso.
Até quando?
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