quinta-feira, 31 de julho de 2008

O X-SALADA, A DR. MONTEIRO, BARACK OBAMA E HILARY CLINTON

Qual a relação entre o x-salada e a rua Dr. Monteiro?
O que o compositor Caetano Veloso disse, parecendo externar a sua preferência por Barack Obama, quando ele disputava com Hilary Clinton a indicação do partido democrata para concorrer à Presidência dos EUA?
É possível considerar a frase "prefiro preto a mulher" uma frase passível de explicação; ou é uma frase assim "meio absurda" como dito pelo próprio autor?
É o assunto de sexta-feira, aqui no blog e na página três - coluna auto retrato - do jornal "A Evolução".
O que vai dar pra dizer sobre isso só lendo, só lendo...

quarta-feira, 30 de julho de 2008

AS RUAS DA MINHA CIDADE (IV)

Rua Mário Maciel Costa (clique na imagem para ampliar)
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Uma das minhas preferidas, a rua Mário Maciel Costa fica quase isolada na parte oeste do Arroio Grande, embora incrivelmente bem situada, a apenas duas quadras da Dr. Monteiro, a rua mais central da nossa cidade.
Ocorre que a expansão urbana do Arroio Grande, verificada na segunda metade do Século passado, deu-se para o norte, em direção à Coxilha do Fogo (parte alta da cidade), e também no rumo leste, pelo surgimento da BR 116, que liga o nosso município à Pelotas - cidade pólo da Região - e também à Jaguarão, hoje saída para o Mercosul.
Em consequência, a rua Mário Maciel Costa tornou-se uma via curta, estreita, limitada ao sul pela proximidade com as águas do Arroio Grande, e, ao norte, com os terrenos que circundam o antigo Ginásio Municipal (atual Escola Aimone), numa extensão de pouco mais de quinhentos metros.
Trata-se, entretanto, de uma rua belíssima, carregada de árvores frondosas - os plátanos, que lembram em muito a periferia de Montevideu, a nostálgica capital uruguaia.
A rua tem esse nome em homenagem a Mário Maciel Costa, eleito intendente do município por 8 anos (1912/1916 e 1916/1920), e que teve entre as suas principais realizações a criação da Usina Elétrica, já ao final do segundo mandato, em 1920.
Consta que o intendente teria também uma veia de sonetista, o que pode explicar, talvez, o fato de ter sido homenageado com a colocação do seu nome em uma das ruas mais poéticas; a rua das pedras irregulares, a rua das sombras, a rua dos plátanos, a belíssima Mário Maciel Costa, uma rua isolada mas, ao mesmo tempo, situada em pleno coração da cidade.
Uma rua que deveria ser celebrada e melhor aproveitada pela sensibilidade daqueles que amam o Arroio Grande.
Uma rua para todos.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

SONHO RECORRENTE


O leitor deve saber como é. Aquele sonho que aparece de vez em quando, sempre da mesma maneira e que a gente não consegue nunca lembrar o final. Surge quase sempre nebuloso, às vezes assustador, sem qualquer causa aparente, parecendo não ter nada a ver com as angústias ou as tensões do dia.
Sonho recorrente, eu tenho um.
Me acompanha desde não sei quando e aparece umas duas ou três vezes por ano, por aí. É o sonho do telhado se abrindo. Isso mesmo, o “teto” do quarto onde durmo “abre” e as coisas que se encontram acima dele se precipitam por todo o lugar. E eu fico ali, paralisado, imóvel, assistindo o mundo inteiro desabar. E as coisas vêm e vêm, e se aproximam cada vez mais. Pedaços de madeira, peças de ferro, papéis, quadros e até guarda-chuvas (o que torna possível que os guarda-chuvas perdidos se escondam mesmo em algum lugar do espaço). Tudo despenca: retângulos, cubos, sinos e pontas de estrelas que aparecem luminosas, numa velocidade incontrolável.
Quando tudo se junta, formando uma nuvem escura por sobre o quarto, como que anunciando uma enorme tempestade, eu sinto o corpo crispado, molhado de suor, até acordar de repente, procurando pelos objetos que ameaçavam cair.
É sempre assim, e os objetos nem despencam nem saem de cima, ficam somente girando, orbitando no espaço “vazio” do quarto.
É o chamado sonho recorrente, uma incomodação que está sempre na volta da gente; mais chato que bêbado falante, mais inconveniente que cliente que faz consulta na rua, o tal sonho recorrente.
Alguém já me disse que esse tipo de sonho está ligado à insegurança e revela medo de perder o que se tem ou algo parecido. Não sei, mas acho que não. Deve estar ligado a outro tipo de fragilidade; medo do ridículo, de ser atropelado na esquina, ou de comprar um carro com aquele adesivo “eu amo a minha esposa” e não poder tirar, ou de perder as calças na rua, sei lá. Um medo desses que a gente tem e que aparece de vez em quando, sem qualquer aviso.
O fato é que tal sonho incomoda mesmo, surgindo assim do nada, quase sempre no sono da noite.
Definitivamente, o sonho que eu queria era outro, sem suor nem cãibras, sem ameaça à casa própria ou ao senso do ridículo, sem que nada desabasse de repente, mas, se assim fosse, que o objeto a cair tivesse no máximo o peso da Gisele Bunchen, ou, vá lá, da Débora Secco, o que já seria de ótimo tamanho.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

SEXTA TEM SONHO (OU PESADELO) AQUI NA PÁGINA

Sabe aquele sonho que a gente costuma ter de vez em quando, com certa frequência, repetidamente?
O sonho que vem sem qualquer aviso, sem pedir licença, sem a menor cerimônia.
O sonho que não diz nada, mas que atemoriza; o sonho preocupante, que não é bom.
Sabe o tal sonho recorrente, repetitivo, que vive de incomodar a gente?
Pois eu tenho um sonho desses, e vou me animar a contá-lo sexta-feira, na página 3 do Jornal "A Evolução" e também aqui no blog.
É sexta - o sonho recorrente - escancarado, aqui no auto retrato.

terça-feira, 22 de julho de 2008

AS RUAS DA MINHA CIDADE (III)


Rua Gumercindo Saraiva esquina Dionísio de Magalhães (clique na imagem para ampliar).
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Aqui, vista parcial da rua que leva o nome de um dos personagens "mais mal" aproveitados pela memória histórico-cultural do Arroio Grande.
A rua Gumercindo Saraiva, perdida no meio da cidade, entre o Centro e a periferia, tem esse nome em óbvia homenagem ao caudilho maragato da Revolução de 1893 - o filho de Francisco (Dom Chico) Saraiva e de Dona Pulpícia (ou Propícia) da Rosa, declaradamente nascido nas terras do Arroio Grande, numa estância da costa do arroio Bretanha, interior do município. Gumercindo (ou Gumersindo, em outra grafia), nascido em 13.01.1852, foi um dos personagens mais fascinantes da história do Rio Grande do Sul, especialmente no capítulo guerra/revoluções, razão pela qual a sua imagem deveria ser melhor explorada pela Cultura e o Turismo de Arroio Grande.
Sobre a vida e a história de Gumercindo existem inúmeras obras, entre as quais é possível destacar, pela fácil leitura, "Gumersindo Saraiva - O Guerrilheiro Pampeano", do Santavitoriense Sejanes Dornelles, editada pela Universidade de Caxias do Sul, em 1988.
Sem a menor pretensão de acompanhar os historiadores de Gumercindo, o autor da página também escreveu sobre o líder maragato, num modesto ensaio publicado no jornal "A Evolução" em 1994, e que se encontra postado neste blog (clique no mês de março para {re}ler).
Na foto, o cruzamento da rua Gumercindo Saraiva com a Dr. Dionísio de Magalhães. Em destaque, o moderno prédio que abriga no térreo o jornal "Correio do Sul", o novato entre os três semanários existentes hoje na cidade.
Gumercindo Saraiva, o personagem, é quase uma lenda; em Arroio Grande é apenas um nome de rua qualquer.
Pena, mas ainda dá pra recuperar; com toda a certeza.

sábado, 19 de julho de 2008

FUTEBOL - PAIXÃO E ARTE*

(Pedro Jaime Bittencourt)

Paixão e arte, alegria e sofrimento, o futebol se encontra em todo o mundo, na esperança e nos sonhos de milhões e milhões de pessoas.
Das grandes cidades às pequenas aldeias, dos vilarejos à solidão da campanha, há sempre um retângulo verde, onde a bola corre, se eleva sobre a terra, traça cálculos mágicos e trajetórias caprichosas.
As multidões se agitam, os corações batem com tamanha força que às vezes ameaçam explodir no peito.
Lágrimas e sorrisos, mãos que nervosamente se contorcem, corpos que sentam e levantam acompanhando a bola, até que, repentinamente, como numa explosão incontida, o grito de gol se levanta para o céu.
Os jovens atiram os corpos sadios para o ar; os velhos subitamente reencontram as crianças que um dia foram; as mulheres se iluminam de uma graça nova, uma beleza definitiva e contagiante.
O futebol é semelhante à vida; o tempo escorrega sobre ele, passam os anos e as gerações se sucedem, partem os antigos jogadores, chegam os novos, e o futebol sempre jovem permanece.
Nós temos homenageado aqui, neste espaço, os heróis do passado; temos reverenciado a memória e a lembrança dos que escreveram inesquecíveis páginas na história do nosso futebol.
Muitos ainda se encontram entre nós, fazem parte do nosso dia-a-dia – convivem com a gente. Outros, porém, já se foram; partiram, decerto, rumo a um dos tantos retângulos verdes que devem existir disseminados no infinito...
Aqui, lembramos à clássica elegância de um Duarte; o escanteio mortal do Ari; a genialidade de um Gita; o futebol descontraído e plástico de um Agapito; a presença decisiva do Martim; a combatividade ferrenha do Xirú; a pertinácia do Tritri; os vôos heróicos do Ceceu; a intelectualidade de um Sérgio Papagaio; a força do Casinha; o arrojo do Arlem - “o Leão dos Eucaliptos” -; a precisão de um Dante; os malabarismos do Silveira; o chute do Vinícius; a visão do Jesus Lúcio; o comando do Ivo – e, enfim, as proezas heróicas de todos os que fizeram do futebol de Arroio Grande esse espetáculo lindo, inesquecível e eterno que todos nós reverenciamos.
Hoje, porém, a nossa homenagem não se dirige a um jogador isolado, mas a todos eles. Aos que ainda agora levantam as torcidas em nossas praças de esporte, fazendo a festa dos estádios; e também àqueles cuja visão encoberta pelo tempo nos chega do fundo do passado, trazendo, luminoso e feliz, um grito de gol que não termina nunca.

(*) O poeta Pedro Jaime Bittencourt foi também cronista e comentarista de futebol em Arroio Grande - no final da década de 60 e início dos anos 70. Na época escreveu esta crônica, aqui revivida em homenagem ao 19 de julho - Dia Nacional do Futebol.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

O SACI


(Foto cortesia - Fernanda e Cláudio D'Avila)
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Este é o Esporte Clube Arroio Grande, tradicional clube da Avenida, aqui posando como tri-campeão da cidade. Na foto, jogadores que fizeram a história do futebol local - Camel, Tritri, Agapito, Ari... e outros que são personagens do crônica do Pedro Bittencourt que será publicada no sábado, como homenagem ao Dia do Futebol - 19 de julho. Vale a pena ler.

O CATURRITA



(Foto cortesia - Jorge, do Bar Gre-nal)
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Este é o Grêmio Esportivo Internacional, ou simplesmente o Inter, tradicional Clube de Futebol da nossa cidade.
Na foto, nomes reverenciados pelo Pedro Bittencourt na crônica escrita há quarenta anos, e que será publicada no sábado - Dia do Futebol.
Nomes como os de Arlem, Tritri, Casquinha, Dante, e outros que fizeram a história do futebol local.

O PEDRO BITTENCOURT E O FUTEBOL...


Próximo sábado, dia 19 de julho - Dia do Futebol - Tem crônica do Pedro Bittencourt aqui no blog
(Foto cortesia - Jorge, do Bar Gre-nal)

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Na data, a página vai publicar uma crônica do "velho" Pedro Bittencourt que fala sobre o futebol do Arroio Grande, retratando o passado glorioso que muitos sequer conheceram.
Alguém sabe, por acaso, que há quase cinquenta anos existiu na cidade um time de futebol que tentou fazer frente ao Esporte Clube Arroio Grande e ao Grêmio Esportivo Internacional?
Que jogou (ou tentou jogar) de igual pra igual com o Saci e o Caturrita?
Pois esse time existiu, é esse da foto aí de cima - o Grêmio Atlético Brasil - que marcou época em Arroio Grande no início dos anos 60.
Na foto, o Tunico, o Zé da Cuchilha, o goleiro Camel; na ponta direita, o Cambota, depois, os irmãos Varzinho e Biriri, e, entre eles, o extraordinário músico Nenê Balhego, aqui na sua versão esportiva.
Tentem identificá-los, e aos outros também, muitos são conhecidos da cidade.
Na sequência, até o dia 19, mais fotos, do Internacional e do Arroio Grande, até chegar a crônica do Pedro, uma homenagem ao futebol, uma homenagem ao passado da cidade, uma homenagem a todos nós...

segunda-feira, 14 de julho de 2008

AS RUAS DA MINHA CIDADE (II)


Rua Herculano de Freitas - Arroio Grande, RS. (clique na imagem para ampliar)
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Esta é a rua Herculano de Freitas, vista a partir da esquina com a rua Osmar Machado, a duas quadras da Praça Central.
A Herculano de Freitas é a rua que mais conserva o casario antigo do Arroio Grande, começando pela Casa que foi da família do intendente João Félix Soares (lado direito da Igreja), passando pela Casa onde nasceu o próprio Herculano de Freitas (Primeira Câmara de Vereadores, em 1873; para os mais novos é onde ficava a Sede do Jockey Clube, em frente ao Clube do Comércio), seguindo pela Casa que foi do Dr. Nilo Conceição (branca, a esquerda da foto, na esquina), pelo Sobrado dos Lisboa e pelo antigo Banco do Estado (que aqui não aparecem), mais a antiga "Barraca" (derrubada para a construção do "novo" prédio da Câmara dos Vereadores, num arroubo aventureiro dos nossos parlamentares...), sempre no sentido inverso da foto, isto é oeste-leste.
A rua tem esse nome em homenagem a Herculano de Freitas - advogado, orador e jurista - nascido em Arroio Grande em 1865.
Ex-Ministro da Justiça do Governo de Hermes da Fonseca (em 1913 e 1914), Herculano de Freitas foi nomeado Ministro do Supremo Tribunal Federal em dezembro de 1925, aos 60 anos de idade.
Morreu cinco meses depois, em maio de 1926.
Do número 377 da Herculano de Freitas (ver foto 3, "Das minhas casas"...), observo todos os dias a extensão de uma das ruas que mais conserva a memória da arquitetura do Arroio Grande.
Espero que não seja por pouco tempo.

sábado, 12 de julho de 2008

DUAS GERAÇÕES

Aqui, uma das razões pelas quais o Xiringa se perpetua na história dos bares do Arroio Grande.
O Bar do Xiras é um lugar onde as novas e as velhas gerações podem conviver com tranquilidade, desfrutando da cerveja gelada, da boa música, da presença de mulheres bonitas; aproveitando, enfim, "o que há de bom" na nossa terra.
Na foto, pai e filho - Lila e Samuel - tio e sobrinho - Pedro Jaime e Pedrinho - duas gerações que se buscam e se encontram na vida noturna da cidade.
Para melhor identificação, eu e o Lila somos os (bem) mais novos...

sexta-feira, 11 de julho de 2008

MUITO ALÉM DO POMELO

Eu tenho um amigo que se chama Leo. É um menino ainda, tem pouco mais de seis anos de idade, mas é muito meu amigo. Dia desses, quando eu chegava no escritório, o Leo me viu e veio correndo: - Ô tchê, ô meu amigo! – gritou, e abriu um sorriso enorme, franco, com os seus grandes olhos preenchendo completamente o rosto redondo.
Eu conheci o garoto no último verão, na Praia do Hermenegildo. Lá, o Leo ganhou um apelido - ou se auto-apelidou, não lembro direito -: “assassino de pomelo”. A brincadeira tinha, obviamente, uma justificativa. O Pomelo é uma bebida uruguaia, feita de uma fruta ácida, mas que, bem gelada, é ótima para a sede nos calores do verão. Pois o Leo pegava o seu copo de Pomelo e entornava, todinho; em seguida, lambia o lábio, escancarava aquele sorriso que só ele tem, e dizia, com o ar mais terrível do mundo: - Bota mais um pouco que isso é bom mesmo, é muuuito bom! – repetia, carregando no ‘u’ pra não deixar dúvida, enquanto a gente se dobrava de rir da cara “sem-vergonha” dele, e servia outro copo e depois outro, pra ele “matar” de vez o Pomelo, justificando o apelido.
Espertíssimo, o Leo sabia que nós aguardávamos pelo seu show particular diariamente e valorizava bastante a sua arte de “liquidar pomelos”.
Quando eu voltei do Hermena, bem depois de o Leo já haver retornado, trouxe algumas garrafas de Pomelo que deixei com os seus pais na casa da família, ali na Dr. Dionísio. Ao chegar da rua e saber do presente, o menino, na certa recordando da promessa que eu havia feito, escancarou mais uma vez o seu largo sorriso e exclamou: - Puxa, ele se lembrou, ele é meu amigo mesmo!
Pois o Leo, o meu amigo, é um menino forte e saudável, tem pai e mãe que trabalham e vive a sua infância de criança feliz.
O Leo não sabe ainda de política, não sabe direito de educação, de saúde, de segurança, de tudo que o Estado Brasileiro tem a obrigação de fornecer a ele e a todas as crianças, do país inteiro. É um menino apenas e não deve sequer saber que em outubro tem eleição para prefeito aqui em Arroio Grande.
Mas o que ele não sabe, os nossos candidatos a prefeito – o Jorginho, o Chaleira e o Mário – devem saber. Devem saber, por exemplo, que a nossa cidade - principalmente nos bairros, nas vilas, na periferia pobre - está cheia de crianças que precisam mais do Estado, que precisam mais do Prefeito, que necessitam que se trabalhe mais e mais por elas.
Por isso, Senhores Candidatos, antes dos apadrinhamentos políticos, das “chacrinhas de cumpadres”, da fartura do cargo; antes das vantagens pessoais, do proveito próprio, da riqueza individual; pensem primeiro na velhice abandonada, nos adultos desestimulados, nos jovens desempregados, na infância necessitada. Pensem nos milhares de Leos, de Joãos e de Marias que formam uma população que ainda precisa ter alguma esperança na classe política.
Pensem, portanto, além do foguetório e das carreatas, além do uísque da comemoração, além da simples eleição; pensem além, muito além do pomelo...

quinta-feira, 10 de julho de 2008

POMELO

O Pomelo é uma fruta ácida muito utilizada no Uruguay e na Argentina (e também nos EUA, com outro nome) para sucos e refrescos industrializados.
Aqui no Brasil é praticamente desconhecida, não sei porque.
A foto aí do lado é do chamado "Pomelo rosado", mas existem outros tipos, mais amargos até.
Amanhã, no jornal "A Evolução" e aqui na página, a crônica Muito além do Pomelo, que fala de um amigo que eu tenho - o Leo - fala de crianças, de política e (um pouquinho) também de Pomelo.

terça-feira, 8 de julho de 2008

AS RUAS DA MINHA CIDADE...

Cruzamento da Avenida Visconde de Mauá com a Rua Dr. Monteiro - Centro do Arroio Grande (clique na imagem para ampliar)
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Em homenagem aos conterrâneos que vivem distante, e que sentem saudades de cada canto desta terra, o blog vai postar, nas próximas duas semanas, fotos das ruas da nossa cidade; ruas que inspiram e encantam, e que nos emocionam sempre, onde quer que possamos estar.
Pra começar, uma imagem da Av. Visconde de Mauá, no encontro com a rua Dr. Monteiro, o nosso ponto mais central, o principal cruzamento da cidade.
O nome da rua - Visconde de Mauá - dispensa comentários, já que é uma homenagem àquele que é considerado o filho mais ilustre do Arroio Grande.
Irineu Evangelista de Souza, o Barão ou Visconde de Mauá, foi um personagem que -nascido em Arroio Grande e tendo que ir para o Rio de Janeiro com nove anos de idade, depois da morte do seu pai, João - tornou-se o homem mais rico do Império, o maior empresário do país, o homem que dividia com o Imperador Dom Pedro II toda a atenção da sua época.
Nascido no ano de 1813, em nossa cidade, Mauá morreu no Rio de Janeiro em 1889, coincidindo o seu ocaso e a sua morte com o fim do império, e com a chegada do modelo republicano ao Brasil.
Depois de morto, Mauá virou monografia, virou livro, virou filme, virou lenda... e tornou-se o nome da principal rua do Arroio Grande, a avenida que dá acesso à nossa cidade para quem nela ingressa vindo pela BR 116.
Visconde de Mauá - neto dos primeiros povoadores do nosso Município, Manuel Jerônimo de Souza (1798) e José Batista de Carvalho (1792) - um nome que virou rua, uma rua que faz parte do nosso dia-a-dia, uma rua que faz parte da nossa história...

segunda-feira, 7 de julho de 2008

PORTO ALEGRE MENOS BELA

Com a saída do jogador Roger do Grêmio, esta cena não deverá mais repetir-se.
Ela não virá mais iluminar os domingos da azenha.
Perdem o Grêmio, a torcida tricolor e perde Porto Alegre, a província que se encantou com a beleza de Deborah Secco; de agora em diante vamos ter que voltar a falar só de futebol.
Êta mundo injusto.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

PROIBIÇÕES

No período em que se comemoram os 20 anos da mais democrática peça já escrita no Brasil – a Constituição Federal de 1988 – o País dá uma guinada rumo ao retrocesso e resolve “dirigir” os caminhos dos cidadãos através agora de... proibições.
De repente, sem a menor discussão, acaba de ser editada a chamada Lei de “tolerância zero”, contra o uso de álcool por motoristas, nas estradas e inclusive na zona urbana dos municípios.
Isso equivale a dizer que não se pode mais ir ao Rio Branco, almoçar uma bela parrillada, tomar uma Pilsen bien fria e depois voltar dirigindo para o Arroio Grande; não se pode mais ir até o Xiringa, escutar a Marcela ou o Peixoto, tomar um bom vinho e depois voltar dirigindo pra casa pra namorar com a namorada.
Poder pode, mas quem fizer isso é “presumido” estar dirigindo embriagado; em conseqüência, deverá pagar uma multa de quase mil reais, além de ter a carteira de motorista cassada por um ano, e - pasme-se!!! -, poderá ser preso em flagrante, somente saindo da cadeia após pagar uma fiança arbitrada em torno de dois salários mínimos.
Quer dizer, quem for beber uma cerveja num almoço no Uruguay ou um vinho na noite do Arroio Grande poderá ter que pagar, de repente... quase dois mil reais. Isso mesmo, dois mil reais por uma cerveja ou um vinho, o Eraldo deve estar dando pulos com a concorrência.
É preciso deixar claro que todo mundo se solidariza com as vítimas dos acidentes de trânsito, os mortos pela selvageria, por motoristas imprudentes, bêbados... Todo mundo deseja mais segurança, nas ruas, nas estradas, no trânsito.
Mas a lei tem que punir o bêbado, o irresponsável, não o cidadão de bem que, por uma taça de vinho ou uma cerveja, acaba “presumido” embriagado, sendo colocado no mesmo “saco de gambás” de garganta insaciável.
As proibições são, na verdade, o último recurso (que está se tornando o primeiro) de um estado que, ao invés de buscar soluções no âmbito da cidadania, só sabe agir através do tolhimento.
Proibições de beber e dirigir, de fumar em lugares públicos, do uso de adesivos políticos, e recomendações disso, e abstenções daquilo, e mais proibições. Hoje, ao contrário da liberdade apregoada há cinqüenta anos, a “modernidade” concluiu: é permitido proibir.
O pior é que depois das proibições vem às “obrigações”, como no caso da tal “tolerância zero” que quer obrigar os motoristas, mesmo que não tenham bebido, ao uso do bafômetro, forçando-os a colocar um cano na boca, num ato que lembra a tortura, quando se obrigava o indivíduo a colocar a cabeça num tanque de água para dizer o que não estava obrigado a dizer. Só que agora é a Lei quem manda, o que consagra oficialmente a insanidade do legislador e do próprio estado brasileiro, voltado novamente para o autoritarismo.
Isso me lembra – e aqui com todo o respeito aos homossexuais e à opção de fazer o que bem entenderem com o próprio corpo - a expressão de um amigo que, sempre que se depara com esse estado de coisas, diz meio assustado: - “Só espero que quando a gente for obrigado a ‘dar a bunda’ eu já esteja morto”.
Do jeito que a coisa vai, sei não, sei não...

PROIBIDO PROIBIR OU PERMITIDO PROIBIR?

A "nova ordem" agora é a das proibições. Como o estado não consegue regular a vida dos cidadãos pelas vias mais democráticas, o tolhimento acaba sendo o "melhor" caminho. Então, decidem: é proibido fumar, proibido beber uma cerveja e dirigir, proibido o uso de adesivos políticos antes do período eleitoral, proibido showmícios nas campanhas políticas, e muito mais.
Do jeito que a coisa vai...
O título da crônica é "proibições", e está no jornal "A Evolução" desta semana.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

MAL NA FOTO

A foto que ilustra o texto aí de baixo foi tirada em estúdio, lá na Rádio Difusora.
Esta aqui é a original da jornada, lá do "Gitão", e que eu não deveria usar por uma questão "de ângulo", entendem?
A combinação fones de ouvidos e chapéu, definitivamente...

terça-feira, 1 de julho de 2008

PROMETO MANDO NOTÍCIAS...

Especialmente para os que estão fora e vez por outra acessam o blog – o Carlos Fernando, lá em Sergipe, o Solismar Venzke, em Campinas, o Dr. Petry, lá em Florianópolis, o Dr. Carlos Ricardo e o grande irmão Kiko, aqui pertinho, em Pelotas, os parentes do Uruguay e tantos outros - mando notícias recentes da paróquia, lugar que eu sei que o coração deles jamais vai abandonar.
Pois aqui, depois dos rigores do começo do inverno, o frio deu uma baita trégua e agora faz uma temperatura amena, agradável pra este começo de julho. Se bem que bastante úmido, mas aí já seria querer demais, nesta terra que está mais próxima da Patagônia do que do começo (ou fim) do Brasil.
A paróquia andou agitada no final de semana, com as convenções partidárias. Depois de muito diz-que-diz, de boatos e de desmentidos, parece que a coisa vai ficar assim: o Jorginho e a Mariela concorrem à reeleição pela coligação PDT-PT-PSB-PSDB; o Chaleira e o Mário Oliveira representam a oposição tradicional com a coligação PP-DEM; já o Mário Eglon e a Rose, disputam pelo PMDB-PTB, representando o que se convencionou chamar de “3ª via”, o que não deixa de ser uma novidade nesta eleição.
Pois a partir do registro dos candidatos neste fim-de-semana, a paróquia começa a viver alegremente os seus dias de campanha eleitoral, o que sempre traz um certo movimento nesta terra esquecida pelos shoppings centers.
E por falar em movimento, está todo ele concentrado no Campeonato Municipal de Futebol de Salão que ocorre no Ginásio de Esportes “Gita”, com jogos as quintas, aos sábados e aos domingos.
No Ginásio remodelado, com uma boa quadra, ótima iluminação e com excelente público (cerca de 1.000 pessoas, no último final de semana), as famílias de Arroio Grande parecem estar encontrando nos jogos uma opção de lazer – com chimarrão, amendoim e pipoca – aproveitando o preço simbólico do ingresso de R$ 0,50 (cinqüenta centavos) por rodada.
E tudo com a cobertura ao vivo da Rádio Difusora, especialmente ás quintas-feiras (a partir das 20:30 horas) e aos domingos (a partir das 19:30 hs.).
Eu estou participando como comentarista (ou tentando fazer isso) nas rodadas das quintas-feiras, ao lado da equipe da Difusora: do Silvinho Ferreira e do Prof. Paulista, do Papaco, do Otávio Falcão e da narração vibrante do Flávio Teixeira - “a voz que ecoa para além da Coxilha do Fogo” - (como aparecem na foto), além dos repórteres Marcus Vinícius e do interminável e extraordinário Jorge Américo.
Na próxima quinta-feira tem rodada. Para quem está longe, basta acessar o site da Difusora -http://www.difusora1580.com.br/ - e escutar on line a nossa participação na jornada.
Façam isso. No mínimo vocês vão se divertir um pouco e matar as saudades do tempo em que estiveram aqui.
E se a gente não for tão ruim de “latinha”, pode até passar a impressão de que vocês ainda estão aqui, bem do nosso lado, como, aliás, não deixaram nunca de estar.