sexta-feira, 26 de junho de 2009

CONSTIPAÇÃO

Última semana de junho, entrada do inverno, época de chuva e frio por aqui. Tempo de gripe, gripes de todos os tipos, e que não precisam ser necessariamente a suína ou a aviária para meter medo.
A propósito de doenças, aliás, dia desses ouvi uma pessoa dizer que só tinha medo do câncer. O quê??? Mas, e as outras doenças? E o diabetes, o Alzheimer, a Hepatite, o mal de Parkinson, a asma, a pneumonia, e as gripes, hein? E as gripes? Tá certo que o câncer é o bambambam das doenças, é o avião que cai, o desastre aéreo, é a guerra. Mas, e as outras? E a dengue, a malária, e o escorbuto? E as doenças exóticas, as bizarras, as doenças raras?
E as síndromes, então? Pode alguém não ter medo das síndromes? Síndrome do pânico, Sindrome de Cockayne (que alguns podem até confundir com aversão a determinado pó), uma doença que afeta por excesso de sensibilidade à luz solar e acaba causando envelhecimento prematuro; síndrome com nome de motocicleta, como a Síndrome de Kawasaki, uma vasculite que provoca aneurismas, principalmente nas artérias coronárias.
As síndromes, alguém já disse, são tão terríveis que deveriam ir para o final da lista das doenças, e iriam, não fosse o alfabeto permitir ainda a septicemia, o vitiligo, e, também, a yersiniose - a “peste bubônica” - que só podia mesmo ter esse nome tenebroso. E a gente não vai ter medo de um troço desses?
Pois eu tenho medo de tudo. De tosse, de pigarro, de bronquite, de enfarto e das gripes, claro.
Porque tudo tem os seus perigos e até o que parece ser o mais inocente dos problemas - soluço demasiado, unha encravada, dedo destroncado -, pode se transformar numa tragédia iminente, como quando diante da constipação. A constipação, ao contrário do que muitos pensam, não é uma pequena gripe, mas uma prisão de ventre, que, dependendo do grau, dá uma indisposição danada, sabiam?!! Pois ta lá no google: (fulano) constipado, passou mal...
Pois o influenza, o nome científico do vírus da gripe, também mata, se a gente deixar. E essa gripe que dá agora, então, no começo do inverno, e que nos deixa com os olhos inchados, o nariz entupido, a garganta inflamada, o aspecto doentio, e a gente se explicando: - É a gripe! – sem que ninguém dê a importância devida à nossa doença, achando normal essa coisa grave, gravíssima, terrível que nos acomete.
Ta certo que não é tão cruel como às outras, não é tão bambambam, tão desastre de avião. Mas que dá para dar uma valorizada, ah, isso dá, ainda mais com esse tempo danado, ainda mais na beira da lareira, com um bom par de coxas para se encostar, com cobertor de orelha para deitar e a gente reclamando: “coisa terrível essa minha gripe!”, até enquanto a noite durar, até o novo dia chegar, até o influenza ir embora...

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