Em política, todo lugar possui as suas peculiaridades, e as virtudes e os defeitos de cada político podem ser medidos conforme as suas atitudes no decorrer da vida pública.
O governo do Presidente Lula, por exemplo, destacou-se como o governo que diminuiu fortemente a desigualdade social no País, entre inúmeros outros avanços; entretanto, acabou também manchado pelo caso “mensalão”, um mal explicado episódio de corrupção ou de dinheiro não contabilizado, que ainda aguarda no STF a sua definição.
Pois aqui em Arroio Grande não é diferente e, como em qualquer lugar, nós temos coisas positivas e negativas na nossa política.
Temos, inegavelmente, um Prefeito correto e trabalhador, e uma Vice-Prefeita que bem representa a mulher atual – moderna e dinâmica –; temos também vereadores trabalhadores e bem intencionados, e líderes comunitários interessados e participativos.
Isso é o bom, o lado positivo da nossa política.
Mas, por outro lado, não podemos deixar de notar as nossas carências e dificuldades, que nos colocam o tempo todo frente a lideranças completamente despreparadas para o exercício da função pública e que não fazem o menor esforço para se comportar de acordo com o mínimo que delas se exige.
Somos, por exemplo, a cidade do palavreado chulo, do “seje”, do “teje”, do “vaia”, a cidade do “enganjamento”; somos a cidade do populismo e da demagogia, onde as nossas principais expressões políticas alardeiam que “quem não tem voto não pode falar de quem tem voto”, numa mostra absurda de despreparo, como se a balconista, o garçom, o médico e o advogado não pudessem questionar os seus representantes. E somos, agora e finalmente, também a cidade que é notícia em todo Estado por ser uma das “campeãs” no gasto com diárias dentro do Poder Legislativo.
Tudo isso, isto é, o populismo exacerbado, a demagogia barata, a farra das diárias, o destempero verbal e a dificuldade de convivência com a crítica, têm levado a classe política local a um enorme desgaste e está conduzindo as pessoas de bem da nossa cidade à descrença e a falta de perspectivas.
Vivemos um tempo de desesperança, que nem o trabalho honesto e honrado de um Jorginho e de uma Mariela, ou de um Henrique, ou de um Rafael, só para ficar com alguns exemplos, vai conseguir resgatar, ainda que eles ganhem mais um, ou dois mandatos.
Escrevo isto sem qualquer alegria ou prazer, escrevo isto sem a intenção de atingir ninguém, respeito todos, absolutamente todos os que se doam na difícil tarefa de ocupar um cargo público, seja no Executivo ou no Legislativo, mas escrevo assim porque vejo na desencanto da sociedade de Arroio Grande um indicativo de que nós estamos mal, muito mal, naquilo que é mais caro ao conjunto da coletividade: a autoestima.
Porque, definitivamente, pelos “exemplos” que temos recebido, o mensalão daqui não vem da corrupção e nem de dinheiro não contabilizado, o mensalão do Arroio Grande vem da ignorância e do despreparo que tem moldado populistas e demagogos, e, o que é pior, ele não vem servido em doses mensais, nem semanais, mas em diárias.
O governo do Presidente Lula, por exemplo, destacou-se como o governo que diminuiu fortemente a desigualdade social no País, entre inúmeros outros avanços; entretanto, acabou também manchado pelo caso “mensalão”, um mal explicado episódio de corrupção ou de dinheiro não contabilizado, que ainda aguarda no STF a sua definição.
Pois aqui em Arroio Grande não é diferente e, como em qualquer lugar, nós temos coisas positivas e negativas na nossa política.
Temos, inegavelmente, um Prefeito correto e trabalhador, e uma Vice-Prefeita que bem representa a mulher atual – moderna e dinâmica –; temos também vereadores trabalhadores e bem intencionados, e líderes comunitários interessados e participativos.
Isso é o bom, o lado positivo da nossa política.
Mas, por outro lado, não podemos deixar de notar as nossas carências e dificuldades, que nos colocam o tempo todo frente a lideranças completamente despreparadas para o exercício da função pública e que não fazem o menor esforço para se comportar de acordo com o mínimo que delas se exige.
Somos, por exemplo, a cidade do palavreado chulo, do “seje”, do “teje”, do “vaia”, a cidade do “enganjamento”; somos a cidade do populismo e da demagogia, onde as nossas principais expressões políticas alardeiam que “quem não tem voto não pode falar de quem tem voto”, numa mostra absurda de despreparo, como se a balconista, o garçom, o médico e o advogado não pudessem questionar os seus representantes. E somos, agora e finalmente, também a cidade que é notícia em todo Estado por ser uma das “campeãs” no gasto com diárias dentro do Poder Legislativo.
Tudo isso, isto é, o populismo exacerbado, a demagogia barata, a farra das diárias, o destempero verbal e a dificuldade de convivência com a crítica, têm levado a classe política local a um enorme desgaste e está conduzindo as pessoas de bem da nossa cidade à descrença e a falta de perspectivas.
Vivemos um tempo de desesperança, que nem o trabalho honesto e honrado de um Jorginho e de uma Mariela, ou de um Henrique, ou de um Rafael, só para ficar com alguns exemplos, vai conseguir resgatar, ainda que eles ganhem mais um, ou dois mandatos.
Escrevo isto sem qualquer alegria ou prazer, escrevo isto sem a intenção de atingir ninguém, respeito todos, absolutamente todos os que se doam na difícil tarefa de ocupar um cargo público, seja no Executivo ou no Legislativo, mas escrevo assim porque vejo na desencanto da sociedade de Arroio Grande um indicativo de que nós estamos mal, muito mal, naquilo que é mais caro ao conjunto da coletividade: a autoestima.
Porque, definitivamente, pelos “exemplos” que temos recebido, o mensalão daqui não vem da corrupção e nem de dinheiro não contabilizado, o mensalão do Arroio Grande vem da ignorância e do despreparo que tem moldado populistas e demagogos, e, o que é pior, ele não vem servido em doses mensais, nem semanais, mas em diárias.
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