No imaginário coletivo das pequenas comunidades, o Padre, o Juiz e o Médico sempre foram os personagens mais importantes, embora não necessariamente nesta ordem.
Acima deles nem o Prefeito, e com razão, pois este normalmente não cura nem dor de barriga, não dá a extrema-unção e nem pode mandar prender e soltar.
Por isso, importantes mesmo sempre foram o Padre - pela força da Igreja Católica, especialmente até meados do Século passado -, o Juiz, símbolo maior de autoridade, e o Médico, único “Doutor” unanimemente reconhecido em todas as classes sociais.
Em Arroio Grande os médicos permanecem influentes, inclusive nas renhidas disputas políticas locais. Isso já acontecia antigamente com o Dr. Antônio Siedler e o Dr. Nilo Conceição, e, mais recentemente, também com o Dr Farydo Salomão e o Dr. Ivan Guevara.
O Farydo inclusive virou até personagem de crônica, com a jovem Amanda Duquia emprestando o nome do médico para um Edifício futurista do Arroio Grande, numa justa homenagem àquele que é um exemplo de dedicação à Medicina na cidade, como, aliás, acontece com a maioria dos seus colegas.
Pois lendo sobre a importância dos médicos nestes trópicos, descobri que a primeira mulher a se formar em Medicina no Brasil foi a gaúcha (de Rio Grande) Rita Lobato, que se casaria com um Amaro, de Jaguarão, lugar onde Rita clinicou durante algum tempo, lá pelos idos de 1900. Depois, a médica mudou-se para Rio Pardo, onde foi eleita a primeira mulher vereadora do Rio Grande do Sul (pelo PL), em 1935, vindo a falecer em 1954, com quase 90 anos de idade.
Essa Rita é realmente um símbolo, pois foi a primeira mulher a cursar a tradicional Faculdade de Medicina da Bahia (1ª Escola Médica do País), o que causou profundo impacto à época (1887) e fez com que a estudante sofresse enorme preconceito da sociedade de então. Só para se ter uma idéia, Rita, para não ser “contaminada” por alguma “imoralidade”, tinha que assistir às aulas de anatomia acompanhada de uma senhora “de boa reputação”, o que levou o escritor e também médico Moacyr Scliar a escrever recentemente, referindo-se a acompanhante da acadêmica: “fico pensando no que essa pobre mulher deve ter sofrido assistindo às dissecações dos cadáveres...”.
Pois neste 18 de outubro - Dia do Médico – é de se cumprimentar toda a categoria de profissionais da cidade, desejando que a perseverança e a abnegação de Rita Lobato, presentes no exercício da Medicina por décadas, sirvam de exemplo aos Doutores e Doutoras do Arroio Grande; a todos eles, sem exceção.
Afinal, se os médicos permanecem influentes a séculos junto à sociedade local, tem, acima de tudo, a sua grande importância no trato diário da saúde de cada um de nós, especialmente das classes menos privilegiadas. E pela vida inteira.
Acima deles nem o Prefeito, e com razão, pois este normalmente não cura nem dor de barriga, não dá a extrema-unção e nem pode mandar prender e soltar.
Por isso, importantes mesmo sempre foram o Padre - pela força da Igreja Católica, especialmente até meados do Século passado -, o Juiz, símbolo maior de autoridade, e o Médico, único “Doutor” unanimemente reconhecido em todas as classes sociais.
Em Arroio Grande os médicos permanecem influentes, inclusive nas renhidas disputas políticas locais. Isso já acontecia antigamente com o Dr. Antônio Siedler e o Dr. Nilo Conceição, e, mais recentemente, também com o Dr Farydo Salomão e o Dr. Ivan Guevara.
O Farydo inclusive virou até personagem de crônica, com a jovem Amanda Duquia emprestando o nome do médico para um Edifício futurista do Arroio Grande, numa justa homenagem àquele que é um exemplo de dedicação à Medicina na cidade, como, aliás, acontece com a maioria dos seus colegas.
Pois lendo sobre a importância dos médicos nestes trópicos, descobri que a primeira mulher a se formar em Medicina no Brasil foi a gaúcha (de Rio Grande) Rita Lobato, que se casaria com um Amaro, de Jaguarão, lugar onde Rita clinicou durante algum tempo, lá pelos idos de 1900. Depois, a médica mudou-se para Rio Pardo, onde foi eleita a primeira mulher vereadora do Rio Grande do Sul (pelo PL), em 1935, vindo a falecer em 1954, com quase 90 anos de idade.
Essa Rita é realmente um símbolo, pois foi a primeira mulher a cursar a tradicional Faculdade de Medicina da Bahia (1ª Escola Médica do País), o que causou profundo impacto à época (1887) e fez com que a estudante sofresse enorme preconceito da sociedade de então. Só para se ter uma idéia, Rita, para não ser “contaminada” por alguma “imoralidade”, tinha que assistir às aulas de anatomia acompanhada de uma senhora “de boa reputação”, o que levou o escritor e também médico Moacyr Scliar a escrever recentemente, referindo-se a acompanhante da acadêmica: “fico pensando no que essa pobre mulher deve ter sofrido assistindo às dissecações dos cadáveres...”.
Pois neste 18 de outubro - Dia do Médico – é de se cumprimentar toda a categoria de profissionais da cidade, desejando que a perseverança e a abnegação de Rita Lobato, presentes no exercício da Medicina por décadas, sirvam de exemplo aos Doutores e Doutoras do Arroio Grande; a todos eles, sem exceção.
Afinal, se os médicos permanecem influentes a séculos junto à sociedade local, tem, acima de tudo, a sua grande importância no trato diário da saúde de cada um de nós, especialmente das classes menos privilegiadas. E pela vida inteira.
- Na quarta-feira (15), Dia do Professor; no sábado (18), Dia do Médico; domingo (19), Dia do Escritor: semana valorizada essa...
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