Enquanto parte da cidade ainda discute (apesar da sentença do Dr. Juiz) se as 70 cestas básicas da Assistência serão capazes de derrubar as 2.665 almas lavadas do Arnóbio, o escritor José Saramago termina o seu novo livro “A viagem do Elefante”, o documentário Vinícius lembra com ternura a vida do poeta, e o uruguaio Jorge Drexler e o pelotense Vitor Ramil cantam lado a lado “A zero por hora”.
Todo o mundo gira, tudo segue e a vida se projeta, colorida como sempre.
Aqui, aqui mesmo em Arroio Grande continua a existir vida muito além da Prefeitura. Permanecem ao alcance de todos as coisas simples e belas da cidade; coisas que independem do Jorginho ou do Chaleira, do governo ou da oposição e que não custam nada ou quase nada, o que, como já cantou Chico Buarque, não é o mesmo mas é igual.
Andar pela Visconde de Mauá, sentar num banco na Praça Central, visitar o Acampamento Farroupilha, assistir ao Carnaval (e torcer pela Promorar, óbvio); caminhar pela estrada que vai para o Herval, andar de bicicleta em direção à Vila Silvina e percorrer a pé quase todas as ruas da cidade, desde que não chova, é claro.
Ler o Caboclo no Meridional, espiar o humor do Donga na Evolução; escutar a Marcela e o João no Xiringa, ouvir os músicos da terra – o Jones, o Saninho, o Sandro, os demais daqui e também o time de fora.
Almoçar no Baldaratti, tomar um cafezinho no Banrisul, um aperitivo com a turma do Éber, comer um bolinho de batata da Dona Neta lá no Bar do Paulinho, beber com a turma no Eraldo, dar uma passada no Robledus, disputar espaço para provar a parrillada no Setembrino, comer um churrasquinho no João ou no Amílton; fazer um rodízio entre os lanches do Maneca e da Fátima, e ir de vez em quando até o Uruguai que, para quem não lembra, fica bem aqui do lado.
Jogar um Futsal no Gita ou na AABB, desafiar os veteranos do Caturrita ou do Saci; ouvir o Jorge Américo na Difusora, aprender as lições do Mestre Charuto, fazer Ginástica na Camerini ou no Paulista; pedalar, saltar, correr e pedir pelo amor de Deus uma política de esportes para este país e também para o Arroio Grande.
Redescobrir Leonel Fagundes; resgatar Gumercindo Saraiva, saber mais do Dr. Monteiro e do Severo Feijó; reinventar o Marta Rocha e (re)conhecer o verdadeiro Basílio Conceição.
Gostar da cidade da gente como se fosse um pedaço da gente; querer sempre o melhor - para todos -; não remoer raiva, ódio ou rancor – de ninguém -; não ter inveja, ciúme ou despeito – de ninguém -; exorcizar o recalque, o amargor, a vingança; e, finalmente, querer o bem, pregar o bem, fazer o bem.
Só que, para isso, não basta apenas descobrir “O que há de bom” na cidade; para isso é preciso um pouco mais, para isso é preciso ser no mínimo “do bem”, também.
Todo o mundo gira, tudo segue e a vida se projeta, colorida como sempre.
Aqui, aqui mesmo em Arroio Grande continua a existir vida muito além da Prefeitura. Permanecem ao alcance de todos as coisas simples e belas da cidade; coisas que independem do Jorginho ou do Chaleira, do governo ou da oposição e que não custam nada ou quase nada, o que, como já cantou Chico Buarque, não é o mesmo mas é igual.
Andar pela Visconde de Mauá, sentar num banco na Praça Central, visitar o Acampamento Farroupilha, assistir ao Carnaval (e torcer pela Promorar, óbvio); caminhar pela estrada que vai para o Herval, andar de bicicleta em direção à Vila Silvina e percorrer a pé quase todas as ruas da cidade, desde que não chova, é claro.
Ler o Caboclo no Meridional, espiar o humor do Donga na Evolução; escutar a Marcela e o João no Xiringa, ouvir os músicos da terra – o Jones, o Saninho, o Sandro, os demais daqui e também o time de fora.
Almoçar no Baldaratti, tomar um cafezinho no Banrisul, um aperitivo com a turma do Éber, comer um bolinho de batata da Dona Neta lá no Bar do Paulinho, beber com a turma no Eraldo, dar uma passada no Robledus, disputar espaço para provar a parrillada no Setembrino, comer um churrasquinho no João ou no Amílton; fazer um rodízio entre os lanches do Maneca e da Fátima, e ir de vez em quando até o Uruguai que, para quem não lembra, fica bem aqui do lado.
Jogar um Futsal no Gita ou na AABB, desafiar os veteranos do Caturrita ou do Saci; ouvir o Jorge Américo na Difusora, aprender as lições do Mestre Charuto, fazer Ginástica na Camerini ou no Paulista; pedalar, saltar, correr e pedir pelo amor de Deus uma política de esportes para este país e também para o Arroio Grande.
Redescobrir Leonel Fagundes; resgatar Gumercindo Saraiva, saber mais do Dr. Monteiro e do Severo Feijó; reinventar o Marta Rocha e (re)conhecer o verdadeiro Basílio Conceição.
Gostar da cidade da gente como se fosse um pedaço da gente; querer sempre o melhor - para todos -; não remoer raiva, ódio ou rancor – de ninguém -; não ter inveja, ciúme ou despeito – de ninguém -; exorcizar o recalque, o amargor, a vingança; e, finalmente, querer o bem, pregar o bem, fazer o bem.
Só que, para isso, não basta apenas descobrir “O que há de bom” na cidade; para isso é preciso um pouco mais, para isso é preciso ser no mínimo “do bem”, também.
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(*) obrigado ao parceiro Donga pela cedência da caricatura do inigualável JA.
2 comentários:
belíssima crônica. Realmente, nossa cidade possui inúmeros atrativos. Dentre todos eles destaco nossa gente, sempre disposta a uma boa conversa, uma boa história,enfim, praticar as relações humanas que, entre nós, alcançam caráter de ensaio filosófico pela riqueza de seus personagens. Sugiro ao Governo Jorginho e peço que sejas meu interlocutor, que o novo Secretário da Educação privilegie todos aqueles que contam as coisas de nossa terrinha, de modo a que todos os Arroiograndenses venha a conhecer melhor suas histórias, suas origens, etc etc.
Carlos.
Agradeço as palavras, generosas como sempre.
Não sei se posso ser "interlocutor"
de alguma coisa aqui na terrinha, ainda mais com relação a (qualquer) Governo, já que todos tem, sabidamente, as suas dificuldades em ouvir (se bem que o Jorginho parece ser "um pouco" diferente nisso; apenas 'parece',
mas, vá lá, já é alguma coisa...).
De qualquer forma, a cidade segue com os seus atrativos, as suas histórias, e (cada vez mais) estimulando aos contadores dessas histórias que, no final, acabam tendo o reconhecimento dos ouvintes, dos leitores e dos blogueiros...
Sei que isso não é o bastante, mas, pelo menos, é um começo, e sempre animador.
Um abraço e volta sempre.
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