A programação cultural tem sido realmente extensa em Arroio Grande (quem diria, hein!?); além do nosso "Almoço com o escritor" (postagem abaixo), paralelo à Feira do Livro teve também a inauguração da "Casa da Chácara", verdadeiro museu da memória histórica do Arroio Grande, idealizado e realizado pela Profª Flávia da Conceição Corrêa, pesquisadora e historiadora do município.
Para conhecer mais da "Casa da Chácara", entre no link abaixo - blog da Secretaria de Cultura de Arroio Grande, de onde foram retiradas as fotografias que ilustram esta postagem.
Vale a pena conhecer a "Casa da Chácara", uma parte da história de Arroio Grande encontra finalmente onde repousar.
20 comentários:
Esta casa pertenceu a meu avô Januário Domingues, conhecido por "Negrito" que viveu mais de sessenta anos naquele local. Inclusive eu mesmo ali morei quando minha família chegou em Arroio Grande, lá pelos idos de 1964-1966. Mas o que é mais interessante é que o Negrito sempre nos falava sobre o fato histórico de que naquele local, há mais ou menos uns cento e cinquenta metros da casa, para os fundos, existiam vestígios da construção da igreja de material de que fala a história sobre a criação do Arroio Grande, tendo inclusive me mostrado o local exato pouco antes de vender a propriedade e se mudar para a cidade, isto por volta de 1975. Infelizmente não dei ao fato a importância que merecia, levando em conta aquelas informações a guiza de lenda familiar, deixando de pesquisar o fato que, se verdadeiro, seria um tesouro arqueológico. Aquele casa tem muita história e não poderia ter sido escolhido melhor local para a instalação do Museu. Parabéns à prof. Flávia e à Municipalidade por tão inspirada iniciativa.
Pois é, Carlos, essa casa tem história, muita história.
Inclusive, estou tentando encontrar, a pedido da Profª Flávia, as origens da propriedade, lá no seus primórdios.
Antes do teu avõ, nela morou também o Merito (pai do Marcial Ribeiro), mas antes, bem antes, a casa pertenceu a uma tal Balbina, possivelmente "Cardoso", pelo que seria descendente do Simão de Aguiar Cardoso (daí o "Passo do Simão"), que teria adquirido a propriedade lá no início dos descendentes de D. Maria Pereira das Neves, 2ª mulher do Souza Gusmão.
Fechando isso, a questão das origens da cidade ser exatamente naquele lugar estaria praticamente confirmada, pelo que teríamos um dado histórico importantíssimo, e, por coincidência, fecharia agora com o "Museu" criado pela Profª Flávia no mesmo local.
O problema é que nem os mais velhos lembram exatamente o ponto exato onde teriam sido deixados vestígios da(s) antiga(s) construção(ões).
Mas não nos entregamos, agora em janeiro deveremos fazer alguma "expedição" para uma inspeção mais minuciosa do lugar, daí quem sabe...
Abço.
Estou nessa, é só me avisar o dia. Ainda lembro do local que meu Avô apontou para mim quando criança. Parece incrível, mas recordo perfeitamente a cena, guardo-a nos mínimos detalhes. Quem sabe ele estava certo e possuía a informação correta que lhe havia sido passada por seus antepassados.
Expedição acertada, falta só agendarmos a data. Te avisarei, com certeza!
Dr. Pedro: tenho separado um livro de crônicas, de minha marca, para entregá-lo. Como devo proceder. Abraço. Afif Simões Neto
P.S.: faltou o ponto de interrogação, mas dá pra entender.
Perfeito.
Meu endereço em Arroio Grande é:
Rua Herculano de Freitas, 377
Centro
Arroio Grande - RS
CEP 96330-000
Meu email para contato:
pedrobittencourtjr@terra.com.br
Será um prazer receber o livro com as suas crônicas, e, quando se dispuser, de recebê-lo em Arroio Grande, inclusive para apresentá-lo a novel instituição "Casa da Chácara".
Abraço,
Pedro
Dr. Pedro: vi que a Casa de Cultura leva o nome do Basílio Conceição. Onde posso conhecer melhor a obra musical do patrono? Abraço Afif
Dr Afif.
Inicialmente, cumprimentos pelo "Um pequeno rio não corre para o mar", obra de grande sensibilidade e emoção, que conta com o impagável "Abobados da enchente", texto que apresentei a alguns leitores conhecidos da nossa roda do Arroio Grande.
Quanto ao Basílio - meu amigo, meu irmão, o "Diabo" com quem somei (e não dividi) alguns anos de vida... - estou a qualquer momento para fazer uma pequena biografia dele, mas a falta de tempo...
Não sei se a Secretaria de Cultura tem alguma coisa organizada sobre a obra do músico, prometo investigar e, assim que tiver resposta, mando notícias.
Por agora, envio este link de uma croniqueta sobre o Basílio que publiquei numa Revista ("Genteboa") de Pelotas, no ano de 2007, se não me engano.
Grande abraço.
http://premioliterarioag.blogspot.com/2007/12/o-enterro-do-diabo.html
Dr. Pedro: eu li, e gostei muito, da crônica do amigo sobre o enterro do "Diabo". Andei pesquisando pela internet sobre o Basílio, mas tem muito pouca coisa. Consta uma foto dele no site do Musicanto, referente à 1ª edição, quando ele cantou aquela beleza de música que fala sobre a prenda. Quando estive em Pelotas, fui apresentado ao Quininho Dornelles, e vi que ele era bem amigo do Basílio. Estou lendo, emprestado pelo Nilton Tavares, o "Clássico" que fala do futebol de Arroio Grande. É uma leitura prazeirosa e leve, bem do tipo que eu gosto. Conheci em Porto Alegre, também pela via do futebol, o Rogerinho, filho do Charuto, mas o perdi de vista. Tens conhecimento do paradeiro dele? Abraço Afif
Dr. Afif,
primeiro a minha surpresa: de que esteja lendo "O Clássico",
'emprestado pelo Nílton Tavares', pois quando deixei o livro para "os doutores" em Porto Alegre (em 10/10/11, se não me engano, quando fui levar a minha filha - tarefa de pai - para ver o show do Justin Bieber, no Beira Rio), deixei um exemplar também para o amigo; será que extraviou?
Quanto ao Basílio, vamos ter que sentar em algum momento para falar sobre o "Diabo" e a sua obra, inclusive sobre o letra/poema de minha preferência chamada "Delírio", que eu gosto de declamar; quem sabe este ano a oportunidade não aparece?
Talvez até no companhia do Rogerinho (para nós, de Arroio Grande, o "Geco", filho do Mestre Charuto, que, aliás, aparece bastante no livro...).
Pois o Rogério, até onde sei, está em Goiania, desde o início de 2011, mas, pelo que conheço da grande figura que é o Geco, ele volta, ele sempre volta. Só não se sabe quando e nem quanto tempo ele vai ficar em AG a cada retorno, mas aí já é querer demais do nosso amigo aventureiro.
Um abraço.
Quando digo "será que extraviou?" o livro, refiro-me a quem ficou responsável pela entrega, entenda-se.
Não recebi o livro, mas isso é detalhe. O que importa mesmo é que estou lendo o "Clássico", e com sérias intenções de não mais devolvê-lo ao Nilton, de tanto que gostei. Quanto ao Geco, é, realmente, um homem do mundo, e gostaria muito de revê-lo um dia. Conheci a figuraça através do Leo Almeida, cantor nativista, agora trabalhando na Corregedoria-Geral da Justiça, na fiscalização dos cartórios extrajudiciais. Abraço Afif
Bueno, mas vamos tentar resgatar o "detalhe", ao menos para preservar a dedicatória (e preservar também o exemplar do Nílton, diante da declarada e - para mim - honrosa ameaça).
Quanto ao Geco, é um amigo de infância aqui do Arroio Grande, cujo espírito aventureiro reservou o compartilhamento da maior aventura das nossas vidas.
Em 1990 (ante o desencanto da eleição do Collor, entre outros dissabores), deixei para trás um escritório de advocacia, namorada, amigos e familiares, e, com a "raspa" de uma caderneta de poupança, comprei junto com o Geco uma passagem para Portugal, só de ida.
(Detalhe: a minha "decisão" sobre tal viagem se deu as 7h. da manhã de uma segunda-feira, depois de tomarmos - só os dois - mais de 50 cervejas no famoso bar da "Bete Bolacha", no Centro de Pelotas).
Depois de mais de 100 dias vivendo com menos de mil dólares em terras estrangeiras, passando por um pouco de tudo e 10 ks. mais magro, decidi que era mais honroso ser advogado em Arroio Grande do que imigrante em Paris; então voltei, mas a experiência de andarilho pelo Velho Mundo me marcou tanto que deverá render um dia algumas crônicas, quem sabe até um livro inteiro.
E tudo graças ao Geco, ou, ao menos, a excelente "borracheira" que tomamos juntos, e que temos a obrigação de rememorar a cada vez que nos encontramos.
Que o reencontro não tarde.
Abraço.
Dr. Pedro: lendo o "Clássico", vi que o E.C. Arroio Grande foi campeão do Absoluto de Amadores, em 1991. Em 1988 disputei, pelo Tabajara, de São Sepé, o quadrangular final, que aconteceu em Encantado. O time da casa sagrou-se vencedor - não lembro o nome, mas era da Cooperativa de lá, a COSUEL, cheia de ex-profissionais do Lajeadense e do Encantado. Como podes ver, também andei "costeando o alambrado" no Amadores, mas sem a glória de um Cabrito, de um Tino, de uma Biluca. Outra passagem do livro que me chamou a atenção: o Bigode, que quebrou a perna do Gita, em 1950, no Maracanã, foi o culpado pelo 2º gol da seleção uruguaia, no mesmo ano, quando perdemos a final. Dizem que o Gighia fez o gol ao receber a bola nas costas do Bigode. É aquela velha história, que se repetiu: Deus não joga mas fiscaliza. Até a primeira silaba do nome é a mesma (Gita e Gighia). Só que um foi vítima e outro carrasco do Bigode. Abraço Afif
Esqueci de perguntar ao amigo: existe algum trabalho publicado sobre a relação de Gomercindo Saraiva (ou Saravia) com Arroio Grande?
Por partes:
Lastimo pela não consagração do "atleta" no quadrangular de Encantado de 1988, mas, também, um time com o nome de Tabajara... e sem o suporte de um Tino - o "Passarela dos Pampas" - de um Caminhão - o "Tovar da Baixada" - ou de um Álvaro - o "Diabo Loiro"; assim ficam difíceis os títulos, que abundaram por aqui, especialmente nas faixas do ECAG - o "patrão da zona sul".
Quanto ao Gita, foi meu vizinho literalmente de porta em Arroio Grande, de 1968 até o seu falecimento, em 1978. Nesse período, o guri que eu era (dos 8 aos 18 anos de idade), costumava escutar encantado as histórias do nosso craque mais famoso, como a do lance da "quebrada de perna" com o Bigode, que eu não quis explorar mais no livro por não ser objeto da obra (embora trate do tema 'en passant' - pgs. 240/243 e fotografias de fls. 246).
Do Gita, aliás, guardei as famosas "Revistas do Grêmio" das décadas de 60 e 70, que relatavam as históricas excursões do tricolor à América Central, no final dos anos 40 e início de 50, e também aquela feita a Montevídeo, em 1949, a primeira vitória de um time gaúcho no exterior.
Por último, quanto ao Gumercindo Saraiva (ou Saravia), não existe publicação local, até me aventurei sobre o tema, em 1994, republicado em 2007/2008 - link:
http://autoretratopedro.blogspot.com/2008/03/gumercindo-saraiva-2007.html
(não sei se vai como link, mas penso que dá para acessar).
Entretanto, não ousei demais em respeito as grandes obras que existem sobre o caudilho, especialmente "O Guerrilheiro Pampeano", do Sejannes Dorneles (alegretense radicado em Santa Vitória), que respeito demais.
Espero que o amigo acesse a crônica.
Abraço.
Não consegui achar a crônica que fala do Gomercindo (a minha rudeza cibernética é algo!). Se não for abusar desse amigo, localiza e me manda. Pode ser para o e-mail: afifj@terra.com.br
Abraço.
Dr. Pedro: estou tentando mandar um e-mail para o amigo, mas o danado volta. O que faço? Afif
Email recebido - e respondido - no dia de hoje.
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