quinta-feira, 17 de novembro de 2011

CONFRARIA

No dia 12 de outubro publiquei uma postagem no blog com o título de “Dia” e a seguinte expressão:
“Sou o último menino que me resta, não permitam que ele cresça...”.
Coloquei assim, entre aspas, sem nominar o autor, pois nunca soube ao certo se a frase é do meu pai, ou do Álvaro Moreyra, ou do Jules Laforgue, ou de algum dos demais poetas que o Pedro costumava celebrar.
O Fernando Grassi Filho, identificando o local onde a frase está escrita, comentou:
“Saudade das paredes do Hermena”.
Ao que eu respondi:
“... Das paredes, dos personagens, da poesia, do trago, dos meninos que eu, o meu pai e o meu avô – todos! – deixamos por lá. Eu tenho saudade de tudo!”
Pois agora, na data de mais um aniversário do Pedro (17/11/1932), publico uma fotografia* “das paredes do Hermena” contemplando a poesia, o trago e o encontro de alguns dos personagens mais extraordinários que por lá passaram, uma confraria de “meninos” verdadeiramente notável, brilhante, inesquecível!
*Fotografia tirada na Praia do Hermenegildo em 1990: De "trás para frente": Pedro Jaime (sentado, na cabeceira), Roger Viana (em pé), Fausto Domingues, Fernando Grassi, Dr. Passinhos (fumando) e Adílson Feijó (de boné).

3 comentários:

Fernando Grassi disse...

Juninho,
Falei da parede, por óbvio, como símbolo de tudo. Excelente a foto. Tenho algumas, vou digitalizar e te mandar.
A pedido do Roger, procurei duas crônicas do pai sobre o Hermena e achei nos jornais encadernados que ele mantinha e que retratam bem o ambiente e o Pedruca.
Tentei te mandar por aqui mas não deu por exceder o limite do tamanho máximo suportado por um comentário.
Te mando por email.
Abração.
P.S.: Babei vendo as fotos do assado de cordeiro. Se não me avisar do próximo, te capo!

Pedro Jaime Bittencourt Junior disse...

É claro que eu entendi o teu simbolismo, vivente, mas tinha que responder para ter assunto, o que, aliás, acabou estimulando esta nova postagem aqui na página.
Quanto as fotos, me manda urgente, pois eu as coleciono e, na medida do possível, acabo publicando no blog.
Os textos do teu pai - no Diário da Manhã - eu tenho (acho que as duas partes); o Pedro os mantinha guardados na gaveta da mesa do escritório, a mesma que eu utilizo até hoje e, portanto, eles ainda devem estar por lá.
Vou verificar, claro, mas a menção deles por ti me faz pensar, desde já, em publicá-los aqui na página, no verão, "por supuesto", e antes que o Hermena desapareça.
Por fim, quanto ao "te capo", vou perguntar ao Donguinha - nosso especialista - a intenção do trocadilho, mas, por via das dúvidas, e para garantir, comunico desde já que serás avisado sim, com certeza, como não.
Abraço.

Fernando Grassi disse...

Os textos digitei e mandei pro tem email do terra, que é o que eu tenho. As fotos vou ver se arrumo no final de semana. Abração.