Morreu Mario Benedetti, Don Mario, aos 88 anos de idade, no domingo último, em Montevidéu.
O escritor, autor de La Tregua e Gracias por el Fuego, era poeta, romancista e cronista, e tornou-se - juntamente com os músicos Alfredo Zitarrosa e Daniel Viglietti, e com o também escritor Eduardo Galeano, todos uruguaios -, um símbolo de resistência aos movimentos de censura e de repressão que se instalaram no vizinho país (outrora chamado de “a Suiça da América Latina”) a partir do golpe militar de 1973.
Conheci a obra de Benedetti por influência de meus primos uruguaios (moradores de Rocha, a 200 quilômetros de Montevidéu), sendo que um deles me presenteou com Gracias por el Fuego, que li no original, em “castelhano”. Trata-se de um romance difícil, mas que prende o leitor desde o seu início, especialmente pela famosa cena de abertura envolvendo um grupo de uruguaios que se reúne para jantar num restaurante nos Estados Unidos. Depois, a história se desenvolve mostrando o conflito entre um filho (Ramón) que quer a morte do pai (Edmundo), um político inescrupuloso, materialista e corrupto, que o autor sugere simbolizar o Uruguay de então, o que lhe valeu muitas críticas e a censura no próprio país, assim com na Argentina e na Espanha, países afastados da democracia à época.
A obra de Benedetti foi pouco difundida no Brasil, mas o seu trabalho é respeitado pela intelectualidade, assim como pelos seus colegas escritores do mundo todo, como José Saramago, que escreveu um post no blog que mantém em Portugal, sobre a morte e os últimos trabalhos do velho amigo uruguaio.
Quem sabe agora, com a sua morte, o público brasileiro venha a conhecer um pouco mais da obra de Don Mario; a literatura agradeceria.
O escritor, autor de La Tregua e Gracias por el Fuego, era poeta, romancista e cronista, e tornou-se - juntamente com os músicos Alfredo Zitarrosa e Daniel Viglietti, e com o também escritor Eduardo Galeano, todos uruguaios -, um símbolo de resistência aos movimentos de censura e de repressão que se instalaram no vizinho país (outrora chamado de “a Suiça da América Latina”) a partir do golpe militar de 1973.
Conheci a obra de Benedetti por influência de meus primos uruguaios (moradores de Rocha, a 200 quilômetros de Montevidéu), sendo que um deles me presenteou com Gracias por el Fuego, que li no original, em “castelhano”. Trata-se de um romance difícil, mas que prende o leitor desde o seu início, especialmente pela famosa cena de abertura envolvendo um grupo de uruguaios que se reúne para jantar num restaurante nos Estados Unidos. Depois, a história se desenvolve mostrando o conflito entre um filho (Ramón) que quer a morte do pai (Edmundo), um político inescrupuloso, materialista e corrupto, que o autor sugere simbolizar o Uruguay de então, o que lhe valeu muitas críticas e a censura no próprio país, assim com na Argentina e na Espanha, países afastados da democracia à época.
A obra de Benedetti foi pouco difundida no Brasil, mas o seu trabalho é respeitado pela intelectualidade, assim como pelos seus colegas escritores do mundo todo, como José Saramago, que escreveu um post no blog que mantém em Portugal, sobre a morte e os últimos trabalhos do velho amigo uruguaio.
Quem sabe agora, com a sua morte, o público brasileiro venha a conhecer um pouco mais da obra de Don Mario; a literatura agradeceria.
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