A discussão sobre as origens do Arroio Grande (do povoado, não do arroio) é difícil, pois depende de dados históricos que ninguém tem, ou que são imprecisos, ou controversos, para dizer o mínimo.
Inicia pela localização da cidade: do lado de lá ou do lado de cá do arroio? Onde foi mesmo que tudo começou? Os especialistas no assunto divergem; é necessário ouvir um pouquinho de cada um.
Pois com o Arnóbio e o Sérgio Canhada a coisa é mais complicada ainda. O Arnóbio acusa o Sérgio de ser teimoso, enquanto o Sérgio diz que o teimoso, na verdade, é ele, Arnóbio; e assim os dois seguem discutindo tudo, inclusive o sentido da expressão “oriente”, utilizada para referenciar a localização da sesmaria que teria dado origem à Vila, tomando como base o arroio Grande (o arroio, não o povoado), como consta de documentos da época.
Ora, se nem eles, ambos estudiosos da história do município – e dos sérios, dos bons - conseguem concordar com o que seja o “oriente” do arroio, eu é que não vou me meter com esses dois, e nem vou dar palpite sobre quem seja realmente o teimoso, não vou mesmo, não vou não.
Prefiro então deixar o Arroio Grande com as suas origens imprecisas, obscuras, até que alguém (tem muito mais gente pesquisando) jogue uma luz definitiva (?) sobre a questão, e o oriente fique no seu lugar, e pronto.
Porque o meu interesse maior vem a partir dessas origens, depois do povoamento; a minha curiosidade está é nas primeiras ruas do Arroio Grande. Essa minha fixação pelas ruas da cidade tem me levado a inúmeras descobertas, como a transitoriedade que tiveram alguns nomes por aqui e o “troca-troca” que acabou “cruzando” um músico como o Basílio Conceição e um poeta como o Leonel Fagundes com o Imperador Dom Pedro II. Fora o caso do tal Almirante Delphin que depois de ter circulado por metade da cidade foi mandado embora daqui sem muita explicação.
Mas a dúvida sobre a origem das ruas remanesce e é isso que me interessa agora. Onde é que ficava a Rua Direita? E a Rua Nova? E a Rua do Triunfo? (E, afinal, de que triunfo estavam falando?). E a Rua da Matriz? Seria a que passa em frente à Igreja Matriz? (Afinal existia também a Rua de Igreja). Ou a do lado da Matriz? E a Rua de Baixo e a Rua da Sanga; teria realmente existido uma Rua Alegre? Essa história toda merece ser resgatada, para ser entregue às futuras gerações com menos lacunas do que agora, e é nela que reside hoje a minha curiosidade.
Quanto às origens do lugar - da Vila, da Cidade, do Município -, eu ainda vou juntar um pouquinho do que o Padre Neves deixou, um pouco do que o Omar Bretanha me contou, vou ouvir mais de quem estuda – a Profª Flávia, o Juca Silveira... -, e, a partir daí, criar a minha própria tese.
Então, deverei sentar com o Arnóbio e com o Sérgio Canhada - de preferência acompanhado de uma costela gorda e com um bom vinho tinto - e passar o dia inteiro provocando eles, e assistir de camarote um contrariando o outro, o tempo todo, teimando, teimando e teimando.
Inicia pela localização da cidade: do lado de lá ou do lado de cá do arroio? Onde foi mesmo que tudo começou? Os especialistas no assunto divergem; é necessário ouvir um pouquinho de cada um.
Pois com o Arnóbio e o Sérgio Canhada a coisa é mais complicada ainda. O Arnóbio acusa o Sérgio de ser teimoso, enquanto o Sérgio diz que o teimoso, na verdade, é ele, Arnóbio; e assim os dois seguem discutindo tudo, inclusive o sentido da expressão “oriente”, utilizada para referenciar a localização da sesmaria que teria dado origem à Vila, tomando como base o arroio Grande (o arroio, não o povoado), como consta de documentos da época.
Ora, se nem eles, ambos estudiosos da história do município – e dos sérios, dos bons - conseguem concordar com o que seja o “oriente” do arroio, eu é que não vou me meter com esses dois, e nem vou dar palpite sobre quem seja realmente o teimoso, não vou mesmo, não vou não.
Prefiro então deixar o Arroio Grande com as suas origens imprecisas, obscuras, até que alguém (tem muito mais gente pesquisando) jogue uma luz definitiva (?) sobre a questão, e o oriente fique no seu lugar, e pronto.
Porque o meu interesse maior vem a partir dessas origens, depois do povoamento; a minha curiosidade está é nas primeiras ruas do Arroio Grande. Essa minha fixação pelas ruas da cidade tem me levado a inúmeras descobertas, como a transitoriedade que tiveram alguns nomes por aqui e o “troca-troca” que acabou “cruzando” um músico como o Basílio Conceição e um poeta como o Leonel Fagundes com o Imperador Dom Pedro II. Fora o caso do tal Almirante Delphin que depois de ter circulado por metade da cidade foi mandado embora daqui sem muita explicação.
Mas a dúvida sobre a origem das ruas remanesce e é isso que me interessa agora. Onde é que ficava a Rua Direita? E a Rua Nova? E a Rua do Triunfo? (E, afinal, de que triunfo estavam falando?). E a Rua da Matriz? Seria a que passa em frente à Igreja Matriz? (Afinal existia também a Rua de Igreja). Ou a do lado da Matriz? E a Rua de Baixo e a Rua da Sanga; teria realmente existido uma Rua Alegre? Essa história toda merece ser resgatada, para ser entregue às futuras gerações com menos lacunas do que agora, e é nela que reside hoje a minha curiosidade.
Quanto às origens do lugar - da Vila, da Cidade, do Município -, eu ainda vou juntar um pouquinho do que o Padre Neves deixou, um pouco do que o Omar Bretanha me contou, vou ouvir mais de quem estuda – a Profª Flávia, o Juca Silveira... -, e, a partir daí, criar a minha própria tese.
Então, deverei sentar com o Arnóbio e com o Sérgio Canhada - de preferência acompanhado de uma costela gorda e com um bom vinho tinto - e passar o dia inteiro provocando eles, e assistir de camarote um contrariando o outro, o tempo todo, teimando, teimando e teimando.