“A Palhoça” foi um barzinho que fez muito sucesso em Arroio Grande, lá pelo início dos anos 80. Feita de palha Santa Fé, em plena Avenida Visconde de Mauá, a casa tinha aperitivos variados, chope bem gelado e rodas de samba que varavam a madrugada.
Certa ocasião, numa noite quente de verão, eu me encontrava no local com alguns amigos, quando reparamos num desconhecido que já fazia um bom tempo ocupava solitariamente a mesa ao lado.
Tomando cerveja e acompanhando a música com os dedos sobre a mesa, bem vestido e sorridente, o homem sozinho despertava curiosidade no bar completamente lotado.
Lá pelas tantas, um dos meus companheiros dirigiu-se até o desconhecido e perguntou se ele não gostaria de sentar ao nosso lado. Simpático, ele concordou, e juntamos as mesas para receber o nosso convidado.
Conversa vai, conversa vem, descobrimos que se tratava do novo Juiz da cidade, que ficou tranquilamente conversando conosco até altas horas da madrugada.
Depois que o Juiz foi embora, lá pelas três da manhã, nós resolvemos seguir até o Uruguay, para pegar o "fim da noite” no Rojas, um cabaré da Cuchilha, que tinha chinas e linguiça frita até o amanhecer.
Tomando cerveja e acompanhando a música com os dedos sobre a mesa, bem vestido e sorridente, o homem sozinho despertava curiosidade no bar completamente lotado.
Lá pelas tantas, um dos meus companheiros dirigiu-se até o desconhecido e perguntou se ele não gostaria de sentar ao nosso lado. Simpático, ele concordou, e juntamos as mesas para receber o nosso convidado.
Conversa vai, conversa vem, descobrimos que se tratava do novo Juiz da cidade, que ficou tranquilamente conversando conosco até altas horas da madrugada.
Depois que o Juiz foi embora, lá pelas três da manhã, nós resolvemos seguir até o Uruguay, para pegar o "fim da noite” no Rojas, um cabaré da Cuchilha, que tinha chinas e linguiça frita até o amanhecer.
No retorno para Arroio Grande, concordamos em dar uma passadinha na Top Set para tomar a saideira servida pelo Nadir. Depois, passamos para o Salão do Eraldo, onde ficamos até o final da manhã, numa beberagem que não acabava nunca.
Meio-dia de sábado, a paróquia toda se movimentando e quatro borrachos fazendo o maior estardalhaço no principal restaurante da cidade. Não demorou muito e alguém percebeu, saindo da livraria do Cláudio Silva, confronte ao Eraldo, o “nosso amigo” da noite anterior, o Doutor Juiz, deixando o local com um jornal debaixo do braço.
Foi então que um dos “guris”, reconhecendo o Doutor Juiz, não resistiu, debruçou-se na janela e prendeu o grito no homem: - “Oh (fulano de tal), vem cá, vem pra cá, tchê!”. O Juiz, surpreso com a “intimação”, ainda cometeu o equívoco de tocar no próprio peito, como quem pergunta: “Eu?”. Ao que o meu amigo respondeu, para espanto maior do interpelado: – “Tu mesmo, oh borracho! Não tas nos reconhecendo? É a turma de ontem, larga o jornal e vem pra cá. A cerveja ta estupidamente gelada...”.
Estúpida, na verdade, foi à expressão, a postura, a confusão. Pra que... Na segunda-feira, todos chamados à presença do novo Juiz que, entre austero e constrangido, passou um pito geral na turma e ainda nos deixou com complexo de culpa ao declarar: - “Já que vocês confundem as coisas, eu não cometerei mais o equívoco de freqüentar bares na cidade”.
E assim foi: nunca mais vimos o homem em qualquer bar, durante o tempo em que ele esteve em Arroio Grande. Uma pena, com certeza, pois era camarada, tinha boa conversa, e, cá para nós, sabia muito bem o que fazer com um copo...
Meio-dia de sábado, a paróquia toda se movimentando e quatro borrachos fazendo o maior estardalhaço no principal restaurante da cidade. Não demorou muito e alguém percebeu, saindo da livraria do Cláudio Silva, confronte ao Eraldo, o “nosso amigo” da noite anterior, o Doutor Juiz, deixando o local com um jornal debaixo do braço.
Foi então que um dos “guris”, reconhecendo o Doutor Juiz, não resistiu, debruçou-se na janela e prendeu o grito no homem: - “Oh (fulano de tal), vem cá, vem pra cá, tchê!”. O Juiz, surpreso com a “intimação”, ainda cometeu o equívoco de tocar no próprio peito, como quem pergunta: “Eu?”. Ao que o meu amigo respondeu, para espanto maior do interpelado: – “Tu mesmo, oh borracho! Não tas nos reconhecendo? É a turma de ontem, larga o jornal e vem pra cá. A cerveja ta estupidamente gelada...”.
Estúpida, na verdade, foi à expressão, a postura, a confusão. Pra que... Na segunda-feira, todos chamados à presença do novo Juiz que, entre austero e constrangido, passou um pito geral na turma e ainda nos deixou com complexo de culpa ao declarar: - “Já que vocês confundem as coisas, eu não cometerei mais o equívoco de freqüentar bares na cidade”.
E assim foi: nunca mais vimos o homem em qualquer bar, durante o tempo em que ele esteve em Arroio Grande. Uma pena, com certeza, pois era camarada, tinha boa conversa, e, cá para nós, sabia muito bem o que fazer com um copo...
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