"...San Martin abandona porto e o continente sem sequer pisar o solo da pátria, à qual prestara maiores serviços que qualquer dos seus outros filhos. Tinha então cinquenta anos.
Alguns anos mais tarde, casou a filha com um general argentino e participou do progresso de sua pátria por meio do jovem casal, que não tardou em regressar a Paris, para onde o genro fora nomeado embaixador.
Cinco anos depois do seu primeiro regresso frustrado, negou-se a meter-se numa nova revolução, declarou que preferia o desterro voluntário a essa espécie de liberdade. A um amigo que, tardiamente, lhe reprovava a demissão, respondeu: 'Você ignora por ventura que dos três terços dos habitantes do mundo, dois e meio são de ignorantes e o resto é composto de velhacos com a rara exceção de alguns homens de bem?'
Doze anos depois de morto, inaugurou-se seu monumento em Buenos Aires; dez anos mais tarde, repatriaram suas cinzas".
(BOLÍVAR - Cavaleiro da Glória e da Liberdade - Emil Ludwig - Edição da Livraria do Globo - 1943, pgs. 203-204)
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