Eu era ainda adolescente quando vi pela primeira vez o comercial na TV Gaúcha. Num parque, um jovem premia o corpo de uma menina contra uma árvore, enquanto arriscava alguns versos: “O sol tão claro lá fora, o sol tão claro, e em minh’alma, anoitecendo...”. A menina ruborizava e saia correndo, deslumbrada com a fala do seu “poeta” de fim de tarde. A câmera então fechava, dava um close no rosto do apaixonado, que, sorrindo, agradecia pela “improvisação”: - Obrigado, Manuel Bandeira!
Eu nem lembro se os versos eram bem esses - de Rondó dos Cavalinhos -, acho até que não, mas recordo que foi aquele comercial (de quê, mesmo?) que me levou a conhecer a poesia de Bandeira.
Nascido no Recife, num 19 de abril no Século “retrasado” (1886), Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho, teve uma vida bastante agitada, já que se descobriu tuberculoso muito cedo, com apenas 18 anos de idade. Foi, então, viver com os pais no Rio de Janeiro, em busca de melhores climas para tratar a doença.
Sempre escrevendo poesia, o jovem poeta tentou, mais tarde, morar na Europa, onde ficou menos de um ano – entre a França e a Suíça – até retornar para o Brasil com a eclosão da 1ª Guerra Mundial, em 1914.
Depois de perder a mãe, o pai e irmã, Bandeira acaba conhecendo e se aproximando dos principais agitadores culturais do País, responsáveis pela Semana de Arte Moderna de 22.
A partir de então, publica diversas obras – Poesias e Libertinagem, já na década de 30 – até despontar para a crítica ao ser eleito para a Academia Brasileira de Letras, no ano de 1940.
Poeta, escritor, professor de literatura, político (foi candidato a deputado sem se eleger, pelo Partido Socialista, em 1950), Bandeira atuou ainda como tradutor, em inglês (inclusive de Sheakespeare), em francês e em espanhol, vertendo diversas publicações para o português.
Depois de publicar a sua obra mais popular – Vou me embora pra Pasárgada - já na maturidade, Bandeira torna-se uma referência cultural e quase unanimidade no País, até comemorar 80 anos em grande estilo em 1966, quando recebe muitas homenagens, rodeado por Carlos Drummond de Andrade e Cecília Meireles, entre diversos nomes consagrados da literatura brasileira.
Morto em 13 de outubro de 1968, Bandeira deixou também nos versos de Pasárgada - “E quando eu estiver mais triste/mas triste de não ter jeito/Quando de noite me der/Vontade de me matar/Vou me embora pra Pasárgada/Lá sou amigo do rei/Terei a mulher que quero/Na cama que escolherei...” –, como em toda a sua obra, razões de sobra para a gente continuar sonhando com o reino da poesia, e poder dizer, tal qual o jovem do comercial da tevê: - Obrigado, Manuel Bandeira!
Eu nem lembro se os versos eram bem esses - de Rondó dos Cavalinhos -, acho até que não, mas recordo que foi aquele comercial (de quê, mesmo?) que me levou a conhecer a poesia de Bandeira.
Nascido no Recife, num 19 de abril no Século “retrasado” (1886), Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho, teve uma vida bastante agitada, já que se descobriu tuberculoso muito cedo, com apenas 18 anos de idade. Foi, então, viver com os pais no Rio de Janeiro, em busca de melhores climas para tratar a doença.
Sempre escrevendo poesia, o jovem poeta tentou, mais tarde, morar na Europa, onde ficou menos de um ano – entre a França e a Suíça – até retornar para o Brasil com a eclosão da 1ª Guerra Mundial, em 1914.
Depois de perder a mãe, o pai e irmã, Bandeira acaba conhecendo e se aproximando dos principais agitadores culturais do País, responsáveis pela Semana de Arte Moderna de 22.
A partir de então, publica diversas obras – Poesias e Libertinagem, já na década de 30 – até despontar para a crítica ao ser eleito para a Academia Brasileira de Letras, no ano de 1940.
Poeta, escritor, professor de literatura, político (foi candidato a deputado sem se eleger, pelo Partido Socialista, em 1950), Bandeira atuou ainda como tradutor, em inglês (inclusive de Sheakespeare), em francês e em espanhol, vertendo diversas publicações para o português.
Depois de publicar a sua obra mais popular – Vou me embora pra Pasárgada - já na maturidade, Bandeira torna-se uma referência cultural e quase unanimidade no País, até comemorar 80 anos em grande estilo em 1966, quando recebe muitas homenagens, rodeado por Carlos Drummond de Andrade e Cecília Meireles, entre diversos nomes consagrados da literatura brasileira.
Morto em 13 de outubro de 1968, Bandeira deixou também nos versos de Pasárgada - “E quando eu estiver mais triste/mas triste de não ter jeito/Quando de noite me der/Vontade de me matar/Vou me embora pra Pasárgada/Lá sou amigo do rei/Terei a mulher que quero/Na cama que escolherei...” –, como em toda a sua obra, razões de sobra para a gente continuar sonhando com o reino da poesia, e poder dizer, tal qual o jovem do comercial da tevê: - Obrigado, Manuel Bandeira!
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