
Um desses acontecimentos jocosos envolveu o famoso General ZECA NETTO (José Antônio Netto, nascido em 1854 em Jaguarão-Chico, lado uruguaio da linha divisória, e morto em 1948), revolucionário de 1923, e, outro, o Chanceler OSWALDO ARANHA (advogado, político, estadista, nascido em 1894, no Alegrete, e morto em 1960; foi Governador do Rio Grande do Sul por curto período, em 1930).
Ambos os episódios envolvem a “fama” dos brasileiros de gostarem de ‘viados’ (já há mais de 70 anos, vejam só!), como se lê da seqüência:
“Num teatro de variedades em Buenos Aires, numa cena burlesca, em que tomavam parte muitos artistas (argentinos), um deles, em meio à dança, gritou:
- Ahí viene un brasileño...
Num pulo, todos os integrantes do palco encostaram os traseiros na parede.
Netto (que assistia a peça), levantou-se, e, indignado, bateu os pés e retirou-se do teatro.
Bem mais tarde, ele seria “vingado” por Oswaldo Aranha, então chanceler do Brasil, que recebeu a visita oficial do chanceler argentino.
Após alguns drinques e ignorando o formalismo, o chanceler argentino aproveitou-se da intimidade consentida e perguntou a Aranha, se era verdade, como corria em Buenos Aires, o gosto dos brasileiros pela pederastia ativa. Entre chocado e irônico, Oswaldo, cigarro grande na boca, respondeu-lhe sorrindo:
- Não acredite, Chanceler, isso é propaganda brasileira para atrair turista argentino...”.
(MEMÓRIAS DO GENERAL ZECA NETTO – Martins Livreiro Editor – Porto Alegre – 1983 – fls. 12-13)
(MEMÓRIAS DO GENERAL ZECA NETTO – Martins Livreiro Editor – Porto Alegre – 1983 – fls. 12-13)
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