Gabriel Garcia Márquez, seguramente o escritor que melhor descreve a difícil situação enfrentada pelos povos da América Latina através dos séculos, tem revelado a sua imensa capacidade como criador também na elaboração dos diálogos dos seus personagens, que reproduzem frases que a gente já ouviu, que já disse ou que ainda vai dizer, ainda que sem a mesma habilidade do mestre colombiano.
São preciosidades da obra de Garcia Márquez as expressões:
“Uma manhã assim dá vontade de tirar retrato”.
(do veterano Coronel, que passou vinte anos esperando uma correspondência que nunca chegava, numa manhã de sol radiante - no livro “Ninguém escreve ao Coronel”).
“Os homens só acreditam no que vêem nos lençóis”.
(de algumas cumadres, ensinando a artimanha do mercúrio para a noite de núpcias de Ângela Vicário, que não era mais virgem, antes de casar com Bayardo San Román – em “Crônica de uma morte anunciada”).
“Nunca compartilhei segredos nem contei uma só aventura do corpo ou da alma, pois desde jovem me dei conta de que nenhuma é impune”.
(do ancião nonagenário, protagonista de “Memória de minhas putas tristes”).
“O diabo da experiência é que ela nos chega quando já não serve mais para nada”
(do Doutor Juvenal Urbino, no livro “O Amor nos tempos do cólera”).
“Aproveite pra sofrer por amor enquanto ainda é jovem, meu filho, você vai ter muito pouco tempo pra isto mais tarde”.
(de Trânsito Ariza, para seu filho Florentino, que chafurdava pelo amor proibido de Fermina Daza - em “O Amor nos tempos do cólera”).
“É melhor brigar por orgulho do que não saber por que se briga”.
(do Coronel Aureliano Buendía, no épico Cem Anos de Solidão, a novela mãe do realismo fantástico).
“O dinheiro é o cagalhão do diabo”.
(de Tranquilina Iguarán, avó materna de Garcia Márquez – no livro de memórias “Viver para Contar”, em resposta ao seu marido Coronel Nicolas Márquez, que conseguiu convencê-la a mudarem para Aracataca, onde, segundo ele, o dinheiro ‘corria pelas ruas’, no auge da exploração bananeira na região).
“Dá no mesmo”.
(do Alcaide [Prefeito] da cidade, ao ser perguntado pelo dentista Aurélio Escovar, depois da extração de um molar, para quem deveria mandar a conta, se para o cliente ou para a Prefeitura – no livro “Os funerais de Mamãe Grande”)
E, por fim, a epígrafe do “Viver para Contar”, do próprio Garcia Márquez:
“A vida não é a que a gente viveu, e sim a que a gente recorda, e como recorda para contá-la”.
A gente pode até não ter a capacidade e nem a criatividade de um Garcia Márquez, mas a verdade é que passamos a vida inteira pensando em dizer algo parecido. Ou não?
São preciosidades da obra de Garcia Márquez as expressões:
“Uma manhã assim dá vontade de tirar retrato”.
(do veterano Coronel, que passou vinte anos esperando uma correspondência que nunca chegava, numa manhã de sol radiante - no livro “Ninguém escreve ao Coronel”).
“Os homens só acreditam no que vêem nos lençóis”.
(de algumas cumadres, ensinando a artimanha do mercúrio para a noite de núpcias de Ângela Vicário, que não era mais virgem, antes de casar com Bayardo San Román – em “Crônica de uma morte anunciada”).
“Nunca compartilhei segredos nem contei uma só aventura do corpo ou da alma, pois desde jovem me dei conta de que nenhuma é impune”.
(do ancião nonagenário, protagonista de “Memória de minhas putas tristes”).
“O diabo da experiência é que ela nos chega quando já não serve mais para nada”
(do Doutor Juvenal Urbino, no livro “O Amor nos tempos do cólera”).
“Aproveite pra sofrer por amor enquanto ainda é jovem, meu filho, você vai ter muito pouco tempo pra isto mais tarde”.
(de Trânsito Ariza, para seu filho Florentino, que chafurdava pelo amor proibido de Fermina Daza - em “O Amor nos tempos do cólera”).
“É melhor brigar por orgulho do que não saber por que se briga”.
(do Coronel Aureliano Buendía, no épico Cem Anos de Solidão, a novela mãe do realismo fantástico).
“O dinheiro é o cagalhão do diabo”.
(de Tranquilina Iguarán, avó materna de Garcia Márquez – no livro de memórias “Viver para Contar”, em resposta ao seu marido Coronel Nicolas Márquez, que conseguiu convencê-la a mudarem para Aracataca, onde, segundo ele, o dinheiro ‘corria pelas ruas’, no auge da exploração bananeira na região).
“Dá no mesmo”.
(do Alcaide [Prefeito] da cidade, ao ser perguntado pelo dentista Aurélio Escovar, depois da extração de um molar, para quem deveria mandar a conta, se para o cliente ou para a Prefeitura – no livro “Os funerais de Mamãe Grande”)
E, por fim, a epígrafe do “Viver para Contar”, do próprio Garcia Márquez:
“A vida não é a que a gente viveu, e sim a que a gente recorda, e como recorda para contá-la”.
A gente pode até não ter a capacidade e nem a criatividade de um Garcia Márquez, mas a verdade é que passamos a vida inteira pensando em dizer algo parecido. Ou não?
Nenhum comentário:
Postar um comentário