Em
24 de março de 2008, há doze anos, portanto, Arroio Grande
comemorava os seus 135 anos de emancipação política, num cenário
bem diferente deste de agora, com festa, música e o lançamento de
um livro que marcou época na cidade.
Abre
parêntese: a diferença de contexto, esclareça-se desde logo, a fim
de evitar maledicências, deve-se, por óbvio, a pandemia do novo
coronavírus, que impede, hoje, qualquer celebração pública na
cidade, como de resto impede que se festeje qualquer coisa no país
inteiro. Fecha parêntese.
O
livro, por mim idealizado e organizado, foi escrito em parceria com
outros autores da localidade, e teve uma evidência bem maior do que
se esperava, tornando-se um sucesso absoluto.
O
Treze
lugares e meio do Arroio Grande e outras referências
foi realmente um marco na literatura local, pois ali os escritores
amadores, os pesquisadores e os historiadores paroquianos perceberam
que era possível produzir e publicar algo sobre a nossa cidade, já
que existia, sim, um público ávido por conhecer as coisas da “Terra
de Mauá”, um lugar com a sua historiografia pouco divulgada, não
obstante o esforço de autores como Álvaro O. Caetano, que editou o
seu “Município de Arroio Grande”, no ano de 1945, e de Flávia
da Conceição Corrêa, organizadora da revista “Tempos”, no ano
de 2004. (O jovem Victor Faria Schroder publicaria o seu “A
produção do espaço: Geografia histórica da cidade de Arroio
Grande – RS”, em Pelotas, também no ano de 2008).
Mas
o 13,5
lugares do Arroio Grande e outras referências optou
pelo registro através de um outro gênero, a crônica (foram quinze
delas), que permite a narrativa curta, liberando a imaginação, mas
sempre dentro da perspectiva histórica proposta.
A
obra, lançada há exatos doze anos, esgotou rapidamente os seus
exemplares, valendo repetir as palavras do organizador ao seu
encerramento: “Um livro raro e ao mesmo tempo simples, uma obra que
envolve, mas que também liberta, um trabalho que transcende a todos
que dele participaram, e que, apesar de modesto, deixa um verdadeiro
legado à memória e a história do Arroio Grande. Quem viver,
apreciará!”.
O traço do Donga para ilustrar a crônica sobre o "Redondo da Praça",
criação do bruxo Edu Caboclo Damatta no Treze Lugares
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