Estou
num dilema, mas daqueles bons de resolver.
Tenho
que encontrar para quem doar a obra completa de Brecht para Teatro,
uma coleção de 12 volumes, lançada pela Paz e Terra, há umas três
décadas mais ou menos.
O
dilema é que tem muita gente que quer a coleção, mas eu gostaria
de entregá-la para quem fosse realmente utilizar a obra, e não para
ficar depositada numa prateleira qualquer, por mais honesta que seja a
biblioteca.
Estou
pensando em procurar o pessoal do Dunas, ligado a turma do Ponto de
Cultura “Outro Sul”, que vem produzindo um pouco de tudo:
música, literatura, dança, e, talvez, possa produzir teatro também.
Quem
sabe o teatro do camarada Brecht encenado nas ruas de um dos bairros
mais pobres de Pelotas? E por quê não?
Brecht
é aquele alemão, dramaturgo e poeta, autor de “A
ópera dos três vinténs”
e “O
casamento do pequeno burguês”,
entre outros épicos, mas que ficou famoso no mundo ocidental –
mais afeito as frases rápidas e de efeito – pela expressão que
embalou inúmeras gerações de marxistas: “Há
homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores; Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons; Porém há os que lutam toda a vida, Estes são os imprescindíveis”.
Há outros que lutam um ano, e são melhores; Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons; Porém há os que lutam toda a vida, Estes são os imprescindíveis”.
A
frase, cunhada como símbolo de perseverança na luta por um mundo
mais justo, mais fraterno e mais solidário, era para ser um conceito
da vida; entretanto, pelo que se vê nos dias atuais, parece estar
mais para teatro. Brecht sabia.
9 comentários:
Doa para o Curso de Teatro da UFPel, eu garanto o bom uso, PJB.
Está anotado, Vaz, pode ser, pode ser...
Agora, estou empenhado em encontrar os dois últimos volumes (11 e 12), que não aparecem na foto, mas completam a coleção.
Que será doada, de qualquer jeito.
Abço.
OK, vou contatar o professor Adriano Moraes para aumentar a pressão, hahaha
Oi Pedro, oi Luiz,
Se a ideia é aumentar a pressão, posso dizer que a coleção será muito utilizada pelos alunos e alunas dos cursos de teatro e de dança da UFPel. Quem sabe não vemos algumas dessas obras encenadas por aqui??
Abraços, Adriano Moraes
Se for doar para a UFPel, pode entrar em contato pelo telefone 3921-1423 (Colegiado dos Cursos de Teatro e de Dança) ou pelo e-mail ufpel.teatro@gmail.com (endereço do Núcleo de Teatro).
Pois é, Pedro,
O legal é doar pra quem precisa, curte e vai aproveitar muito. Quem sabe o Curso de Teatro da UFpel?
É isso, Maribel, o negócio, como dizes, é doar para quem precisa, gosta e vai aproveitar;
e também - acrescento - possivelmente para quem, de outra forma, não teria como ter acesso a obras dessa natureza.
Já recebi emails e telefonemas com diversos pedidos, bons "candidatos" não faltam.
Em seguida a gente resolve.
Abço. e obrigado pela participação.
Pedro, achei interessante o teu blog, porque falas da minha cidade natal. Nasci em Arroio Grande em 1959. Lembro do meu pai Edar Mendes,comentar que era muito amigo do teu pai.Como consigo o livro de poesias para dar de presente ao meu pai?
Gostei de ver as fotos da cidade. Na minha adolescência, costumava passar dias em Arroio Grande e recordo com carinho esse tempo.
Um abraço e parabéns pela idéia do blog.
Marisa Sallaberry Mendes
Valeu Marisa.
Estou te mandando um email direto p/trocarmos alguma ideia sobre as coisas de Arroio Grande, ok!
Abço.
Pedro
Alô, Pedro!
Não conheço Arroio Grande, mas já morei em Rio Grande, onde tenho um bocado de amigos. O que isto quer dizer? A semelhança nos adjetivos e a localização no Rio Grande (mais do mesmo adjetivo).
No caso de ainda não ter encontrado o felizardo merecedor do presente, candidato-me. A razão é simples: curso uma disciplina de dramaturgia na UFSC e tenho procurado a peça "A Ópera dos Três Vinténs", mas não a tenho encontrado nas lojas que vendem livros usados. Minha proposta de vida ao fazer o curso é escrever para teatro e cinema. Inclusive, preciso criar o roteiro de um curta-metragem baseado na citada Ópera.
Acredito que os cursos universitários mereçam tê-la em suas prateleiras, à disposição de alunos que por ela se interessem ou precisem fazer uso. Entretanto, comigo, te garanto que serão de uso permanente. É como costumo tratar meus livros. Digo “meus” porque nem gosto de pedir livro emprestado, já que não poderei folheá-lo quando me der vontade ou quando estiver comparando Peachum com alguma destas figuras públicas brasileiras.
Ademais, obrigado por ter lido o comentário até aqui. Tri-obrigado se, por muita sorte minha, a coletânea ainda estiver a ser presenteada e for do meu merecimento hospedá-la na minha dispensa de produtos (ali)menta(re)is.
E parabéns pelo blog!
Abraço.
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