Eu
não costumo me utilizar das chamadas redes sociais. Eu não ofendi, nem fui ofendido por ninguém durante toda a campanha eleitoral. Mas vi muito do que não queria
ver, entre conhecidos, entre amigos, entre familiares... Vi ofensas
que deveriam ser impublicáveis, vi grosserias inaceitáveis, vi
amizades sendo desfeitas, dentro da verdadeira guerra que se travou
entre os militantes dos “dois lados” que disputaram o 2º turno.
A eleição acabou. E agora? Eu votei em Dilma, e Dilma ganhou. Eu
votei em Tarso, e Sartori ganhou. E agora? E daí? Quem votou em
Tarso, quem votou em Aécio, não pode ter perdido, porque quem
constrói o Rio Grande, quem constrói o Brasil não são Sartori,
nem Dilma, não são o PT, nem o PMDB, nem nenhuma das coligações
que disputaram esta eleição. Quem constrói o nosso Estado e o
nosso País somos todos nós, eleitores ou não de Aécio e de Dilma,
somos todos nós, eleitores ou não de Tarso e de Sartori – e o
Brasil e o Rio Grande somente poderão prosseguir em sua construção
pelas mãos, pelo trabalho, mas, principalmente, pela consciência
crítica de cada um de nós.
E
ter essa consciência significa aceitar a visão de quem pensa
diferente, significa olhar para a frente; ter essa consciência
significa dizer não a um desnecessário terceiro turno. Ter
consciência significa também começar a refazer as amizades
perdidas durante essa campanha eleitoral.
Eu
não tenho rede social, mas volto a me utilizar deste espaço (que
estava desativado) apenas para passar este recado. Um recado simples,
singelo e despido de qualquer outra intenção que não seja a de
dizer o que está dito aí em cima: a eleição acabou, é hora de
olhar para a frente, de dispensar o terceiro turno e de refazer as
amizades perdidas durante a campanha eleitoral.
Amizade,
solidariedade, fraternidade não são apenas palavras soltas,
expressões inúteis, ou sentimentos vazios. Fraternidade,
solidariedade e amizade são ações cotidianas, são construções
permanentes, e decidir-se por praticá-las deveria ser algo mais
obrigatório do que votar neste ou naquele candidato.
Se
você também pensa assim, se você também quer assim – sem
ofensas, sem mágoas, sem rancores... – faça apenas o
que você fez pelo seu candidato nesta eleição. Compartilhe, curta,
comente... Desta vez sem disputas, desta vez sem adversários e sem
precisar convencer ninguém que não seja você mesmo. Aperta o verde
e confirma.
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