Em poucos dias, o Rogério Espíndola (Geco) e o autor desta página deixariam Arroio Grande e Pelotas e partiriam para Lisboa - Portugal, numa aventura que teve início depois de uma madrugada em que os dois beberam mais de duas caixas de cerveja - na "Beth Bolacha" (localizada na XV de Novembro, esquina Voluntários à época) -, esperaram o banco abrir, rasparam as respectivas contas bancárias e, no limite, compraram as passagens rumo à capital dos lusitanos, numa viagem maluca, sem qualquer previsão de retorno.
Sabedor da partida dos amigos, o Carlinhos Bessa Martins (que havia metido na cabeça que era "devedor" do autor da página em razão de uns serviços que este lhe prestou como advogado), resolveu "pagar" os honorários, estipulados (por ele mesmo) inicialmente em "duas sacas de feijão, uma saca de milho, dez quilos de cebola e cinco de tomate", tudo culturas que o Bessa jurava que iria produzir na chácara da namorada, interior de Pedro Osório.
Frustrada a "safra", o Carlinhos resolveu trocar o "pagamento", e decidiu quitar os honorários patrocinando um churrasco de despedida para o seu advogado e alguns amigos de Arroio Grande e de Pelotas, todos reunidos em Pedro Osório, mais precisamente num clube do Cerrito, distrito de Pedro Osório à época.
Na foto (sempre da esquerda para a direita - de cima para baixo) os personagens de um encontro único, inesquecível:
Eraldo Lopes Machado, Pedro Bittencourt Jr (Juninho), Fábio Bonneau, Vanfredo Ghan (Ganso) e Luís Carlos Gastal;
Ricardo (Donga) Freitas, Birinha (Gita), João Luís Garcez, Rogério (Geco) e Plínio Cavalheiro Salles;
Gordo (P. Osório), Mário (P. Osório), Sílvio Lima (Silvinho), Carlinhos Bessa Martins, Jacques Chiachio, Otacílio (Lila) Cortez e Claudionir (Kiko) Coelho.
Por diversas vezes pensei em promover o reencontro desta turma (antes que outros resolvam fazer como o Jacques, que resolveu nos deixar...); por diversas razões, porém, a ideia não vingou, no próximo abril, quem sabe...
(*) Certas canções de abril é o título de uma composição inédita, feita em parceria entre o autor da página e o Basílio Conceição, quando moraram juntos em Pelotas, na primeira metade dos anos 80.
Como todos sabem, o Basílio morreria no início de abril de 1990 (vítima de acidente de carro, em Rio Grande), cerca de um mês antes do encontro de Pedro Osório, que reuniria muitos dos seus amigos.
(**) Até hoje não tenho certeza se esse encontro foi no último domingo de abril, ou no primeiro domingo de maio de 90, quem lembrará???