sábado, 26 de janeiro de 2013

BRECHT


Estou num dilema, mas daqueles bons de resolver.
Tenho que encontrar para quem doar a obra completa de Brecht para Teatro, uma coleção de 12 volumes, lançada pela Paz e Terra, há umas três décadas mais ou menos.
O dilema é que tem muita gente que quer a coleção, mas eu gostaria de entregá-la para quem fosse realmente utilizar a obra, e não para ficar depositada numa prateleira qualquer, por mais honesta que seja a biblioteca.
Estou pensando em procurar o pessoal do Dunas, ligado a turma do Ponto de Cultura “Outro Sul”, que vem produzindo um pouco de tudo: música, literatura, dança, e, talvez, possa produzir teatro também.
Quem sabe o teatro do camarada Brecht encenado nas ruas de um dos bairros mais pobres de Pelotas? E por quê não?
Brecht é aquele alemão, dramaturgo e poeta, autor de “A ópera dos três vinténs” e “O casamento do pequeno burguês”, entre outros épicos, mas que ficou famoso no mundo ocidental – mais afeito as frases rápidas e de efeito – pela expressão que embalou inúmeras gerações de marxistas: Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores; Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons; Porém há os que lutam toda a vida, Estes são os imprescindíveis”.
A frase, cunhada como símbolo de perseverança na luta por um mundo mais justo, mais fraterno e mais solidário, era para ser um conceito da vida; entretanto, pelo que se vê nos dias atuais, parece estar mais para teatro. Brecht sabia.

sábado, 12 de janeiro de 2013

MARIGHELLA


Minha leitura de verão está sendo “Marighella – O guerrilheiro que incendiou o mundo”, de Mário Magalhães, um jornalista “ex-repórter” da Folha de São Paulo que se revelou excelente escritor com a apresentação de uma obra que levou quase 10 anos para ser concluída.
A vida de Carlos Marighella (1911/1969), um mulato baiano, neto de escravos e de italianos, comunista e revolucionário, é realmente de tirar o fôlego, e merecia um livro do porte do que foi lançado. Mais: é merecedor também de um grande filme ou de um seriado para a televisão.
Marighella, um estudante de engenharia civil que escrevia poesia, foi deputado comunista (PCB) constituinte em 1946, e acabou por enfrentar inúmeras prisões – desde Fernando de Noronha até a Ilha Grande (por conta dos regimes autoritários do Estado Novo, de Vargas, e do golpe de 64). Em razão da ditadura militar, fundou e dirigiu a ALN (Ação Libertadora Nacional) e passou grande parte da sua vida na clandestinidade.   
Morreu cravejado de balas numa emboscada do DOPS, comandada pelo Delegado Fleury, um símbolo da ditadura militar, na noite de 6 de novembro de 1969, em São Paulo, Capital. Detalhe: Marighella estava desarmado.
Hoje, Marighella é tema de livros (dezenas deles), de documentários (existem pelo menos dois: de Sílvio Tendler e de Isa Ginspum), de seminários, palestras e – vejam só! - até de músicas, como “Mil faces de um homem leal”, do Racionais MCS e a recém lançada “Um comunista”, do conterrâneo baiano Caetano Veloso.
As canções eu já escutei, agora vou tentar conseguir mais tempo para me dedicar a ler o livro de Magalhães – a caneta do escritor e o legado de Mariguella bem que merecem.

domingo, 6 de janeiro de 2013

CAROS COLEGAS


Sexta-feira fui à formatura da minha filha Maria Eduarda. Da 8ª Série, Ensino Fundamental. Na minha época se chamava Ginásio. Eu não lembro bem da minha formatura da 8ª Série, ocorrida quando eu tinha 14 anos de idade, como tem a minha filha agora.
Mas recebi a foto do Sílvio Kosby e reconheci quase todos os colegas - da 8ª A e da 8ª B, do ano de 1974, Ginásio Estadual de Arroio Grande, atual Instituto Aimone Soares Carriconde.
Publico a foto aqui e agora (clique na imagem para ampliar), na esperança de que alguns colegas se encontrem e acabem se comunicando entre si.
Saudades daqueles que não vejo há anos, como o Nené Pereira e o Zé Thomáz, e dos que já partiram, como o Luiz Otávio e a Célia, ela que contracenou comigo, fazendo a bruxa, no teatrinho do colégio.
Um beijo a todos os meus colegas, e que a gente possa se reencontrar um dia, com o carinho e a esperança que nos unia lá atrás.
1ª fila - "Muquirana", Pedro Jr., Julinho Tri-tri, Zé Thomáz, Nando Petry, Toninho, Luiz Otávio, Cacaio “Gita”, Sílvio Kosby, "Minhoca", Clênio;
2ª fila - Antônio Fernando, César Moura, Gustavo Pereira (Nené), Renata (Lalaca), Deisy, Viviane, Célia, Hélida, Nazine e Clair;
Sentadas: Rejane, Isolda, Ludimila, Profª Cláudia Furtado (paraninfa), Maria Cláudia, Cleusa (?), Lídia Conceição, Vera Lúcia Garcia e Angela Coelho.
*Faltam as duas "Elianas", a Brasil e a Lúcio, os dois "Oscar", o Luiz e o Casinho, o Rudimar (Cazuza), o Enei, o Gervásio, o Alvim Amarilho, o Cacá (do Turco), o Tavares, a Ana Maria, a Maria Alcinda, a Marlete e alguns outros. Onde terão se escondido na hora da foto? Teria uma terceira turma???
** Talvez eu, traído pelo tempo e pela memória, tenha errado o nome de alguém, ou mesmo confundido a imagem. Perdão, perdão...