sexta-feira, 28 de setembro de 2012

ELEIÇÕES-MEMÓRIA

 
 
Hoje à noite tem debate na Escola Aimone Carriconde entre os candidatos a Prefeito de Arroio Grande, Mariela Ferreira (PDT) e Henrique Pereira (PP).
Em 1992, há exatos 20 anos, portanto, também houve debates entre os candidatos à Prefeitura da "Cidade Simpatia" - na época, Ermínio Lucena, do PDT, João Carlos "Chorê", do PDS, e Pedro Bittencourt Jr, do PT.
Na última foto, fala Elias Boabaid, apresentador do debate do CDL, na AABB;
Na foto do meio, fala Pedro, no debate realizado no mesmo local;
Na primeira foto, fala o Ermínio, em debate realizado na Escola Aimone.
Em todas as situações, o Chorê somente observa, quietinho, quietinho; como se viu, ele não precisou falar muito para ganhar aquela eleição...

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

DIREITO E FUTEBOL


Dia desses, assistindo na TV uma partida de futebol, descobri que o nome de um time de Buenos Aires, o Vélez Sarsfield (Fundação: 1º/1/1910, 45 mil sócios), é uma homenagem ao grande jurista argentino Dalmácio Vélez Sársfield – ministro dos governos Mitre e Sarmiento – e que foi o responsável pelo Código Civil argentino de 1869, cujos dispositivos, na sua maioria, permanecem em vigência até hoje, quase 150 anos depois.
Que rica homenagem, que belo reconhecimento, que exemplo! Especialmente para nós, operadores do Direito, que gostamos de futebol – um esporte notadamente popular –, mas que vivemos no mundo da toga, da gravata, do formalismo das audiências e dos tribunais.
Confesso que fiquei com ciúmes dos argentinos, com inveja dos torcedores do Vélez. Fiquei pensando por quê isso nunca aconteceu por aqui, por quê nenhum Clube brasileiro se interessou em dar o seu nome a um jurista, a um laborador do Direito pátrio.
Passei a imaginar equipes históricas, clássicos de rivalidade insuperável, jogos inesquecíveis.
Times antigos, como o Clóvis Bevilacqua, por exemplo, fariam partidas antológicas contra o Rui Barbosa, ambos nascidos praticamente na mesma época. Já times técnicos, como o Sobral Pinto, disputariam jogos renhidos contra o Evaristo de Moraes, enquanto que equipes gaúchas, como o Osvaldo Lia Pires ou o Omar Ferri, seriam sempre fortes, nas disputas locais ou nacionais.
Todavia, não tenho a menor dúvida de que o grande clássico brasileiro, o super derby, o maior dos encontros, seria mesmo o duelo Pontes de Miranda x Nélson Hungria que deveriam fazer todos os anos a abertura oficial do campeonato, estádio cheio – a rivalidade entre civilistas e penalistas – com transmissão ao vivo em tevê aberta para o país inteiro. Na preliminar, Miguel Reale contra Hely Lopes Meirelles, filosofia x administrativismo.
Que espetáculo, que maravilha seriam os jogos entre equipes com os nomes dos juristas, que, entretanto, jamais aconteceram no Brasil.
Aliás, até nos torneios promovidos pela nossa OAB, onde os times adotam nomes prosaicos, previsíveis – como Arsenal, Barcelona, Milan – deveriam aparecer nomes consagrados do Direito local, numa homenagem àqueles que, em algum momento, contribuíram para a formação da nossa escola de bacharéis.
Já pensaram numa partida entre Ápio Cláudio de Lima Antunes e Mozart Victor Russomano? Ou numa final entre familiares: Bruno de Mendonça Lima e Alcides de Mendonça Lima? E com a Rosah fazendo parte do trio de arbitragem! Que jogos, colegas, que jogos!
(Já o Aldyr Schlee e o Gilberto Quadrado, gostariam, logicamente, de emprestar os seus nomes para os times um pouco mais tarde, por enquanto seria o momento de ficar apenas assistindo os jogos da arquibancada, espiando e palpitando).
É claro que tudo tem um porém, um “senão”, uma limitação, pois que, especialmente em se tratando de juristas, a ética, a equidade e a disputa justa deveriam estar garantidas, inclusive na questão econômica, nos investimentos de cada equipe.
Neste aspecto, num campeonato nacional da atualidade, haveria grande reclamação quanto a força do time de um Márcio Thomáz Bastos, por exemplo; afinal, patrocinado pelos honorários do Cachoeira e pela turma do mensalão não teria a menor graça. Mas teria todo o direito!

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

1912-2012

A Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pelotas está comemorando 100 anos (Fundação: 12/09/1912).
Lá passei cinco inesquecíveis anos da minha vida, de 1979 a 1983.
A foto acima é mais ou menos dessa época, do final dos anos 70.
Aqui no blog já escrevi timidamente a respeito do tempo da Faculdade, link:
No texto (porque a postagem foi dirigida ao pessoal de Arroio Grande), faltou eu fazer referência aos Schlees - pai e filho -, ao Gastal, ao Angelo Zanatta, ao Claudiomiro, aos companheiros do Centro Acadêmico (Diretório), a turma do Sanatório (a Boate) e a tantos outros com quem tive o prazer de conviver naquele período.
Parabéns a velha Faculdade do Direito, aos seus professores, alunos, servidores e a todos que passaram por lá. Parabéns a todos nós!

domingo, 9 de setembro de 2012

SERGINHO DA VASSOURA

Artista de rua, genuína alma popular, Serginho da Vassoura é a grande novidade da música pelotense, com suas canções diretas e ao mesmo tempo plenas de metáforas, irônicas e contundentes, que fazem rir e remetem à uma reflexão sobre o nosso cotidiano.
Depois de lançar o seu Ilusionismo Sonoro, com o auxílio luxuoso do pessoal do Ponto de Cultura Outro Sul, Serginho parte agora para Londres, onde vai viver o seu sonho de artista, embora, como ele mesmo adverte através da dedicatória de uma das suas canções – “esta música é para as pessoas que sonham e se esquecem de viver”. Viva Serginho!
SONHO
Quem vive de sonho
é padaria
quem acorda assustado
mal amado
todo mijado
está acordado...
A moça da padaria
quis me dar, mas não pode me dar
um sonho
porque o gerente é assim enrustido
esse tipo de gente
que não gosta de gente...
8 horas da noite
a padaria fecha
e todo sonho velho que sobrou
eu ganho escondido
pela janela...
(Ele sempre vem quente,
depois fica gelado,
é f... quando molha só um lado
'acorda pra cuspir'...)”