domingo, 18 de dezembro de 2016

IMORTALIZADO

(Inauguração da estátua de J.S.L.Neto - 16.12.2016)
(O escritor Aldyr Schlee e João Simões - Fotografia Diário Popular)
A partir deste dezembro tornou-se possível à população pelotense, aos visitantes da zona sul e aos turistas que frequentam a Princesa do Sul estar mais próximos daquele que é considerado o maior escritor regionalista do Rio Grande do Sul, o "Capitão" João Simões Lopes Neto (1865-1916), autor de Cancioneiro Guasca, Contos Gauchescos, Lendas do Sul e Casos do Romualdo, entre outras obras consagradas do folclore gaúcho.
Na última sexta-feira (16/12) foi inaugurada a estátua do escritor junto à Praça Coronel Pedro Osório, estrategicamente situada no Centro histórico de Pelotas.
Produzida em bronze, a obra foi esculpida pelo artista mineiro Leo Santana (o mesmo autor da estátua de Carlos Drummond de Andrade exposta na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro -fotografia abaixo), sendo inevitável que os visitantes parem em algum momento para celebrar as imagens, que, sem dúvida, acabam por aproximar os escritores do público em geral, independentemente de as pessoas terem tido ou não contato com as suas respectivas obras.
Nestes tempos em que a alienação cultural é quase que generalizada, é de se torcer para que a estátua do "patriarca das letras pelotenses" resista a eventuais atentados (pichações, vandalismo, etc), assim como a obra de João Simões tem sobrevivido aos tempos, mercê especialmente do trabalho dos chamados "simonianos", que cultuam permanentemente a arte do escritor evitando que a mesma acabe por cair no esquecimento.
Que Pelotas saiba, enfim, cuidar bem de um dos seus maiores símbolos.