Não consegui os
registros da “Casa Um” do Arroio Grande, assim considerada aquela
moradia que deu início ao nucleamento urbano da localidade.
As residências do
quadrilátero central da cidade foram quase todas elas alteradas; as
que se mantêm intactas são construções da segunda metade do
Século XIX, quando o povoamento da Vila do Arroio Grande já tinha
para mais de meio Século, iniciado que foi entre 1798 e 1803, no
dizer dos nossos historiadores.
A habitação mais
antiga a permanecer com a sua constituição original continua sendo
a hoje chamada “Casa da Chácara” (acima), uma construção em estilo
colonial português, “com fortes traços da arquitetura açoriana
do final do Século XVIII e início do Século XIX, localizada cerca
de 1 km do centro de Arroio Grande, em frente ao Bairro Promorar”,
conforme consta de um folder de divulgação do local.
Trata-se de local que
serviu de residência à uma das primeiras famílias instaladas na
localidade, e, segundo consta, foi nos fundos da habitação que se
deu início à construção daquela que tinha a pretensão de ser a
primeira Igreja do Arroio Grande, sendo, porém, “derrotada” pelo
surgimento de uma Igrejinha sobre rodas, que, sempre segundo a
lenda, teria sido instalada no lugar onde mais tarde viria a
erguer-se a atual Igreja Matriz da Vila do Arroio Grande.
Os primeiros registros
conhecidos da “Casa da Chácara” dão conta de que na segunda
metade dos anos 1800 a residência pertencia a Balbina Maria de
Moura, que em 1905 vendeu a habitação para Leandro Máximo Pereira,
inexistindo, entretanto, notícias dos primeiros moradores da
propriedade.
De qualquer forma,
trata-se de uma das construções mais antigas da localidade, com parte do telhado colonial original e paredes de pedra calcárea,
ficando, porém, atualmente afastada do núcleo urbano da cidade,
cuja “Casa Um” permanece ainda sendo um mistério.
Na sequência,
fotografias da Igreja Matriz do começo do Século XX (+ ou - 1900),
do comércio central (mesma data), e fotos de casarões antigos do
Arroio Grande, inclusive do “Sobrado dos Lisboa” (última
fotografia), construção relativamente nova, mas que se inclui aqui
pela arquitetura e elegância do local.
A beleza da cidade
ainda sobrevive, basta ter olhos para vê-la!
Igreja Matriz - Atual Rua Herculano de Freitas
"Café Central" - Atual Rua Dr. Monteiro esq. Dionísio de Magalhães
1ª Câmara de Vereadores - Rua Herculano de Freitas esq. Dr. Monteiro
Casa - Rua Zéca Maciel esquina Júlio de Castilhos
"Casa da Chinininha" - Rua Herculano de Freitas
"Sobrado dos Lisboa" - Rua Herculano de Freitas esq. Osmar Machado