Faltando menos de
cinco dias para os 200 anos de Pelotas – emancipação 07/07/1812,
quando ocorreu a elevação da Vila à Cidade – afloram diversos
aspectos históricos e culturais da “Princesa do Sul”, que deverá
comemorar o seu bicentenário com a pompa que o acontecimento faz por
merecer.
Neste sentido, a casa
da foto aí de cima está sendo chamada de a “Casa Um” de
Pelotas, pois que considerada “o ponto de partida de todo o
planejamento urbano do município”, no dizer de alguns
historiadores.
Localizada na Rua
Major Cícero, 201, em plena zona central da cidade, a casa foi
objeto de uma reportagem recente do tradicional jornal Diário
Popular, tendo por foco exatamente o bicentenário de Pelotas.
Na matéria, o
pesquisador Mário Osório Magalhães chama a atenção para o
precário estado da construção, clama pelo seu restauro e
conta um pouco da história da casa.
Diz a reportagem
(imagem abaixo):
“Segundo o
pesquisador, a casa foi construída antes de 1809 e dados obtidos na
revista do centenário, lançada por João Simões Lopes Neto em
1911, mostram que lá as maiores autoridades da época tomaram
decisões importantes, como a escolha da localidade onde seria
instalada a primeira capela da província.
Depois (…) foi
feito um planejamento da cidade tomando como referência a
localização do templo e da casa localizada na rua Major Cícero.
Pesquisas também mostram que uma antiga charqueada que pertencia a
José Aguiar Peixoto teria funcionado naquele prédio. Em 1806,
porém, o imóvel teria sido adquirido pelo capitão-mor (espécie de
subprefeito) Antônio dos Anjos, para o qual Torres, o proprietário
seguinte da casa, trabalhava como posseiro.
Assim, os primeiros
19 quarteirões projetados em quase perfeito xadrez, onde foram
distribuídos os primeiros lotes da Princesa do Sul, tiveram a casa
número um como base”.
E em Arroio Grande,
qual terá sido a Casa número um?
Que registros
existirão da construção que foi o ponto de partida para o
aglomerado urbano que viria formar a futura “Terra de Mauá”?
Eu tenho uma ideia,
mas antes de manifestar aqui na página quero ouvir as opiniões do
Arnóbio e do Sérgio Canhada, ainda que os dois devam naturalmente
discordar a respeito.
Mas fica a promessa da
publicação, e, muito provavelmente, com direito a fotografia
também.