terça-feira, 3 de julho de 2012

"CASA UM"

Faltando menos de cinco dias para os 200 anos de Pelotas – emancipação 07/07/1812, quando ocorreu a elevação da Vila à Cidade – afloram diversos aspectos históricos e culturais da “Princesa do Sul”, que deverá comemorar o seu bicentenário com a pompa que o acontecimento faz por merecer.
Neste sentido, a casa da foto aí de cima está sendo chamada de a “Casa Um” de Pelotas, pois que considerada “o ponto de partida de todo o planejamento urbano do município”, no dizer de alguns historiadores.
Localizada na Rua Major Cícero, 201, em plena zona central da cidade, a casa foi objeto de uma reportagem recente do tradicional jornal Diário Popular, tendo por foco exatamente o bicentenário de Pelotas.
Na matéria, o pesquisador Mário Osório Magalhães chama a atenção para o precário estado da construção, clama pelo seu restauro e conta um pouco da história da casa.
Diz a reportagem (imagem abaixo):
Segundo o pesquisador, a casa foi construída antes de 1809 e dados obtidos na revista do centenário, lançada por João Simões Lopes Neto em 1911, mostram que lá as maiores autoridades da época tomaram decisões importantes, como a escolha da localidade onde seria instalada a primeira capela da província.
Depois (…) foi feito um planejamento da cidade tomando como referência a localização do templo e da casa localizada na rua Major Cícero. Pesquisas também mostram que uma antiga charqueada que pertencia a José Aguiar Peixoto teria funcionado naquele prédio. Em 1806, porém, o imóvel teria sido adquirido pelo capitão-mor (espécie de subprefeito) Antônio dos Anjos, para o qual Torres, o proprietário seguinte da casa, trabalhava como posseiro.
Assim, os primeiros 19 quarteirões projetados em quase perfeito xadrez, onde foram distribuídos os primeiros lotes da Princesa do Sul, tiveram a casa número um como base”.
E em Arroio Grande, qual terá sido a Casa número um?
Que registros existirão da construção que foi o ponto de partida para o aglomerado urbano que viria formar a futura “Terra de Mauá”?
Eu tenho uma ideia, mas antes de manifestar aqui na página quero ouvir as opiniões do Arnóbio e do Sérgio Canhada, ainda que os dois devam naturalmente discordar a respeito.
Mas fica a promessa da publicação, e, muito provavelmente, com direito a fotografia também.